
22 março 2012
Álbum Fresquinho: The Shins - "Port of Morrow" (2012)

30 dezembro 2009
Álbuns da Década: #1

Eis que chegamos ao último álbum da década (versão cronológica) e esse teria que ficar a cabo de uma das grandes revelações desta década, os Fleet Foxes. A banda originária de Seattle conseguiu, neste seu primeiro disco, chamar a atenção de todos. Os adeptos da Folk ( Influências de Dylan), os do Country-Rock (Byrds, Neil Young ou The Band), Prog Rock (My Morning Jacket), até da Sunshine Pop (Beach Boys) com os seus coros cristalinos como um qualquer rio que atravesse o norte dos Estados Unidos. O disco abre com "Sun It Rises" como a descrever os primeiros raios de sol num domingo de chuva. "White Winter Hymnal" é, sem dúvida, uma das músicas desta década. Uma verdadeira delícia. Para uma banda que apenas tinha editado um EP (Sun Giant) os Foxes revelam-se como uma banda madura como se estivesse cá há muitos anos. "Ragged Wood" vai do Country-Rock ao Folk e ainda ao semi-psicadélico. Uma variedade de estilos que se torna a imagem de marca desta banda norte-americana. O disco, praticamente todo na mesma bitola de qualidade com especial destaque a "Your Protector" a piscar um olho ao lado mais místico de Led Zeppelin. Com a maturidade demonstrada neste seu primeiro disco esperamos que a bitola se mantenha sempre neste nível.
21 dezembro 2009
Álbuns Década: #1
E pronto é este. Não havia muito que pensar, "Funeral", é O álbum que marca definitivamente a década, tal como os Arcade Fire são A banda que marca definitivamente a década. Não tendo sido uma década muito forte em termos de História da Música, a meu ver, muito causado pela constante chegada de coisas novas, a tomada da indústria pela internet, novas formas de ouvir música, há que destacar quem merece. E este é um caso exemplar de quem merece, o grupo canadiano faz música carregada de emoções (não só neste "Funeral", mas também no seguinte "Neon Bible"), dá concertos extasiantes (falhei o histórico em Paredes de Coura, mas não faltei ao do SBSR em 2007), e desaparece das notícias quando não há noticias para fazer. It's all about the music, e isso nota-se em todos os momentos vividos desta banda.
"Funeral" em si, é cheio de energia, sentimento, que tanto pode ser servido de uma forma animada, ritmada (em "Neighborhood #2 (Laika)", "Neighborhood #3 (Power Out)) e noutras mais introspectivas ("In the Backseat", "Haiti"). E depois há aquelas que não dá para descrever em palavras, como "Rebellion (Lies)" e "Wake Up", apenas que nos dá vontade de sair a cantá-las em plenos pulmões rua fora. E aquele final do "Un Anée Sans Lumiére"? E a transição da calmia inicial para a insanidade em "Crown of Love"? Não sei, não há mesmo palavras. É ouvir. E degustar.
18 dezembro 2009
Álbuns da Década: #6

Já muito se disse sobre os Arctic Monkeys e o modo como se tornaram num grande fenómeno mundial. O boca a boca e a internet serviram para difundir uma banda sem editora que acabou por tomar conta de toda os meios de comunicação social. Se muitos pensavam que seria só mais um hype provocado por uma banda de garotos imberbes, Whatever..., primeiro disco da banda de Sheffield provou o contrário. Mostrou pujança, força, rigor e muita maturidade para quem vinha do nada. Provavelmente desde o Definitely Maybe dos Oasis que o mercado inglês e, mais tarde, americano, não sentiam uma vibração tão grande. Alex Turner, guitarrista, vocalista e compositor, demonstra ser um novo Paul Weller. As suas letras são pessoais e falam do dia a dia da pessoa normal. Um novo Working Class Hero. As músicas essas falam por si. "The View From the Afternoon", "I Bet You Look Good on the Dancefloor" ou "A Certain Romance" são hinos para uma juventude à procura de um novo líder do Rock. Heroí pícaro mais que Deus do Rock, Alex Turner entrou definitivamente para essa lista exclusiva dos grandes heroís do Rock...
15 dezembro 2009
Álbuns da Década: #2
A música é, por diversas vezes, mais do que ela apenas representa. Por vezes transcende o conceito de banda ou disco e começa a falar-se de movimentos, de "cenas" que estão a acontecer. Exemplos como Liverpool no início da década de 60 com o Mersey Beat, de São Francisco em 1966-67 com o Rock Psicadélico, os anos loucos da "Madchester" e mais recentemente Seattle com o Grunge, são o que se pode chamar de movimentos que surgem quase como geração espontânea. No entanto nada mais estará longe da realidade. Estes movimentos surgem devido, principalmente, a causas sociais. Os Working Class Heroes de Liverpool como os Beatles, Hollies ou Herman's Hermits, surgiram com o vaivém do porto da cidade nortenha, onde os marinheiros traziam discos vindos do outro lado do Atlântico. Discos americanos. Em São Francisco, milhares de miúdos, aborrecidos com o bonitinho American Way of Life, fugiam para casas vitorianas e georgianas que os ricos iam abandonando com receio de derrocada com um futuro tremor de terra. Aí, e com o aparecimento do LSD, fez-se uma comunhão entre artistas. Músicos, escritores, dramaturgos, filósofos, etc. O resultado foi o que se viu. Geração Hippie and all that jazz... Em Manchester viviam-se os anos loucos de rave com os Primal Scream, Happy Mondays. No final dos anos 80, agastados com o som Pop FM que se ouvia, o Punk Rock começou a ser o lema de revolta. A angústia criada numa cidade fria como Seattle revelou as bandas catalogadas como Grunge, Nirvana, Pearl Jam, etc... A razão da utilização das camisas de flanela era realmente o frio.
A história mostra-se pródiga em exemplos destes, portanto, mais tarde ou mais cedo, mais um movimento teria que surgir algures. Ora, isso acabaria por despontar numa das zonas mais podres de Nova Iorque, Brooklyn. Com a especulação de preços de casas em Manhattan, muitos jovens artistas começaram a piscar o olho a Brooklyn, mais concretamente Williamsburg. Maioritariamente ocupada por minorias, Brooklyn começou a tornar-se naquilo que agora chamamos de Hip ou Trendy. Hordas de jovens rejuvenesceram um outrora feio e perigoso borough de NY dando-lhe aquilo que também acontecera em São Francisco. Um jorrar de interesses multiculturais fizeram brotar anos mais tarde dezenas de artistas. No caso particular da música temos os TV on the Radio, Yeasayer, MGMT, entre outros e, obviamente, os Vampire Weekend. A banda nova-iorquina pegou no melhor de Paul Simon, fase Graceland, e transportou-o para o século XXI. O indie rock ganhava agora ritmos africanos. Os elementos da banda apenas disseram: "Queremos que as nossas músicas sejam como a banda sonora de um filme do Wes Anderson". E isso notou-se tanto a nível musical como a nível de videoclips. Até porque o baterista também escreve guiões de filmes. Os Vampire Weekend são uma banda que transpira conhecimento musical além rock e isso nota-se na música que fazem como "Mansard Roof", "Cape Cod Kwassa Kwassa", "M79" ou "Walcott". Sem dúvida uma das grandes surpresas da década, a liderar o caminho nesta nova fase do indie rock, Brooklyn style.
14 dezembro 2009
Álbuns Década: #15 - #2
Alex:
15 - Radiohead - Hail to the Thief
14 - Maxïmo Park - A Certain Trigger
12 - The White Stripes - Elephant
11 - LCD Soundsystem - Sound of Silver
10 - Muse - Origin of Symmetry
09 - Interpol - Antics
08 - TV on the Radio - Dear Science
07 - Bloc Party - Silent Alarm
06 - Clap Your Hands Say Yeah! - Clap Your Hands Say Yeah!
05 - Beirut - The Flying Club Cup
04 - Franz Ferdinand - Franz Ferdinand
03 - The National - Boxer
02 - The Strokes - Is This It?
Fred (Ordem Cronológica):
15 - The Strokes - Is This It?
14 - Kings of Leon - Youth & Young Manhood
13 - Franz Ferdinand - Franz Ferdinand
12 - Arcade Fire - Funeral
11 - Green Day - American Idiot
10 - Interpol - Antics
09 - Brian Wilson - Smile
08 - Humanos - Humanos
07 - Bloc Party - Silent Alarm
06 - Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not
05 - Beirut - The Flying Club Cup
04 - Devendra Banhart - Cripple Crow
03 - The Killers - Sam's Town
02 - Vampire Weekend - Vampire Weekend
Segunda feira da próxima semana aí estará o tão aguardado número 1!
Enjoy!
Álbuns Década: #2

11 dezembro 2009
Álbuns da Década: #3

A Estreia dos Killers no mundo da música surge em 2004 com Hot Fuss e, em tudo teve a ver com a sua cidade natal, Las Vegas. Músicas muito flashy, cheias de côr e movimento mas ao fim e ao cabo sem muito sumo para se extrair. Apenas e só um bom divertimento, como costuma ser o resultado final em qualquer casino do estado do Nevada. No entanto, dois anos se passaram e algo aconteceu à banda de Brandon Flowers. O look mais bonitinho e fashion deu lugar a um visual muito à americano sulista. Cabelos grandes e barbas ou bigodes fartos, Flowers incluído. Marketing de imagem disseram uns; maturação adiantaram outros. Imagens à parte porque o que realmente mais interessa é a música em si e nisso os Killers estiveram em grande. Apesar das suas letras serem, por vezes, do mais piroso possível, Brandon Flowers consegue transmitir e emocionar como os U2 faziam quando realmente gostavam de música. A parte instrumental essa subiu vários pontos acima do disco anterior, daí se ter falado num amadurecimento da banda. Exemplos disso são "Sam's Town", "When You Were Young", "For Reasons Unknown" ou "Read My Mind". A partir de Sam's Town o destino estava traçado. Já sabiamos que iriamos perder os Killers para o grande público FM como acabaria por acontecer com o último disco, Day and Age...
07 dezembro 2009
Álbuns da Década: #4

E de repente o freak que tocava sozinho aliado à sua guitarra e aos seus sons inspirados pelos Tyranossaurus Rex de Marc Bolan deu o passo seguinte. Arranjou uma banda, descobriu novos sons e tudo mudou na vida de Devendra Banhart. Nascido no Texas, criado em Caracas e mais tarde Los Angeles, Devendra só se descobriu após a sua passagem pelo instituto de artes de São Francisco. Interessado por todo o tipo de artes, da música à pintura, o hippie ou freak, cedo começou a gravar sons seus em pequenos gravadores de pouca qualidade apenas para sua própria recreação e não para divulgar ao mundo. No entanto, encorajado por amigos, Banhart partiu pelo mundo tocando aqui e ali à procura de algo que só surgiu em L.A. e que lhe proporcionou a gravação do seu primeiro disco Oh Me Oh My.... Recebido com grande entusiasmo, Banhart continuou na sua senda intimista, ele e a sua guitarra, deambulando por um número ínfimo de canções pelos álbuns seguintes: Rejoicing in the Hands e Niño Rojo. Talvez por achar que uma mudança seria necessária ou apenas porque acontece, Banhart reuniu-se com um grupo de amigos, saindo em digressões com uma banda completa, musculando o seu som, dando-lhe outras componentes. O resultado em Cripple Crow é uma delícia. 23 músicas que vão desde o folk ao folk-rock, passando pelo rock psicadélico. Mensagens de paz, amor e alegria são constantes e cada música tem a sua própria textura bem vívida, sentindo-se perfeitamente o divertimento e união dos músicos na feitura deste disco. Até uma referência a Portugal é feita com "Santa Maria da Feira". Um disco essencial na discografia de Banhart.
Álbuns Década: #3

30 novembro 2009
Álbuns Década: #4

Depois de os americanos terem começado a despontar e a fazer ressurgir o velho rock, eis que uma banda de Glasgow, Escócia, resolve pegar em sons dos anos 80, nomeadamente os Gang of Four, Joy Division, Talking Heads, entre outros, criando um novo som completamente incendiário. "Take Me Out", "The Dark of the Matinée", "Darts of Pleasure" e "This Fire" falam por isso. São músicas que trouxeram para as pistas de dança o rock lascivo. Se os Strokes tiveram aquela importância para o ressurgimento do rock, então os Franz Ferdinand escancararam a porta toda e, a partir daqui, imensas bandas, sobretudo as britânicas, conseguiram um lugar ao sol, tendo muito mais visibilidade do que achariam alguma vez ter. O Indie Rock tornou-se, finalmente, oficial.
23 novembro 2009
Álbuns da Década: #5
16 novembro 2009
Álbuns da Década: #6
Chegados ao sexto lugar nesta lista dos Álbuns da Década, acho que estamos perante a que deverá ser a maior surpresa de todas. Os Clap Your Hands Say Yeah! são muito provavelmente os menos conhecidos desta lista, mas a mim conquistaram-me com este álbum, homónimo, de 2005 (impressionante como já lá vão 4 anos...). O que destaco neste álbum é o seu ritmo contagiante, a voz rouca do vocalista Alec Ounsworth (que é daqueles que ou amamos ou odiamos) e músicas que vão crescendo dentro de nós, à medida que as ouvimos "Over and Over Again" (que é o título de uma das músicas do álbum). É uma banda que se pode claramente denominar de indie rock, porque não tem realmente nenhuma editora ou agência de publicidade por trás. Deixo aqui um excerto escrito pela Pitchfork sobre os Clap Your Hands Say Yeah! que me parece revelador sobre a postura da banda.
"While a lot of bands view the promotional apparatus as a necessary evil, Clap Your Hands Say Yeah prove that it's still possible for a band to get heard, given enough talent and perseverance, without a PR agency or a label. Indie rock has received a much-needed kick in the pants, and we have the rare chance to decide what a band sounds like of our own accord before any agency cooks up and disseminates an opinion for us. Damn, maybe this is how it's supposed to work!"
Enjoy!
09 novembro 2009
Álbuns da Década: #7

(post conjunto Alex e Frederico Batista)
Álbuns da Década: #8

02 novembro 2009
Álbuns da Década: #8

09 outubro 2009
Álbuns da Década: #9
Smile podia ter sido um dos álbuns da década de 60, dado ter sido o projecto dos Beach Boys, pós Pet Sounds, a que Brian Wilson, em colaboração com o letrista Van Dyke Parks, dedicou-se de corpo e alma, no entanto, devido ao deterioramento da sua condição psicológica e contínua falta de paciência dos restantes elementos da banda, o disco nunca foi completado, acabando por ser desmantelado em músicas a vulso em álbuns posteriores. Pode dizer-se que foi a partir deste disco que Brian Wilson partiu para um sítio muito longe psicologicamente. O mau abuso de substâncias psicadélicas aliadas a um já estado frágil da sua mente ajudaram ao isolamento do líder dos Beach Boys em relação ao mundo e à sua banda em particular. A banda começara a contratar músicos para tocar em digressões enquanto Brian Wilson ficava por casa a tentar compôr novas músicas mas já sem a veia criativa de há alguns tempos. Essa tinha ficado quase irremediavelmente perdida algures nas gravações de Smile. Ao longo de quase 40 anos a lenda foi sendo criada relativamente a este disco perdido. Para muitos era o Holy Grail da música ou a fonte da juventude, impossíveis de encontrar. No entanto, para alguns, o disco estava disponível em versão "bootleg" apesar da sua falta de qualidade audio e de rigor como álbum. Muitas era músicas "demo" partidas aqui e ali mas suficiente para o fã mais ávido do santo graal. Dado como amaldiçoado durante as suas gravações por ter praticamente provocado um incêndio no prédio ao lado durante a música "Mrs. O'leary's Cow", foi, para surpresa geral, que o próprio Brian Wilson anunciou estar a re-gravar o disco todo. Para ainda maior surpresa o disco é realmente muito bom, conciso e recaptura toda a essência das gravações amaldiçoadas dos anos 60. E mais, traz Brian Wilson de volta ao mundo dos vivos, com uma alegria que não era notada há anos e anos. Como uma redenção à música, Wilson traz de volta o pop psicadélico criado em Pet Sounds, dando uma história e estrutura que só uma cabeça como Wilson o poderia fazer. Smile vale pelo seu conjunto todo, não se pode identificar esta ou aquela. Apenas "Good Vibrations", aqui com a letra original, tem cariz de "single". O santo graal foi encontrado e tem que ser bebido do início ao fim...
05 outubro 2009
Álbuns da Década: #9

Os Interpol foram, no meu caso, uma banda que demorou a entrar. Toda a gente dizia que era bom som, já o primeiro álbum ("Turn on the Bright Lights", de 2002) tinha constado dos tops em vários blogs/sites de referência e este "Antics" também já tinha sido lançado há algum tempo até que eu decidi deixar de ser do contra e lá me meti a ouvi-los. Foi para aí já em 2007, após o concerto no SBSR. Mas mesmo assim, "Antics" não foi amor à primeira vista. Foi daqueles que foi entrando, ganhando o seu espaço de antena, pouco a pouco, música a música, até que lá me rendi à qualidade do álbum. São raros os álbuns que se pode dizer que todas as músicas são boas, mas este é um deles, sendo que para mim atinge mesmo os píncaros em "Slow Hands" e "Not Even Jail".
28 setembro 2009
Álbuns da Década: #10
Dois anos após o brilhante disco de estreia Turn on the Bright Lights, os Interpol lançam Antics que, curiosamente, para muitos é considerado mais fraco que o seu antecessor. É discutível, obviamente. Há quem seja mais fã do Revolver ou do Álbum Branco ou mesmo Abbey Road. Se calhar muita gente acha que os Interpol se podem ter comercializado mais neste disco dado o maior número de músicas mais orelhudas. Ora, isto nem sempre é negativo. Se as músicas são realmente boas então é evidente que poderá chegar a mais gente. É impossível ficar indiferente a "Evil", "Narc", "C´mere", "Not Even Jail" ou à grandiosa "Slow Hands". Antics é um daqueles discos que ficará para sempre na memória colectiva de uma geração. Pena que o sucessor Our Love to Admire seja mais fraco e que possa anunciar uma perda de qualidade desta banda de temas soturnos.
Álbuns Década: #10

Os Muse já tinham editado, dois anos antes o seu álbum de estreia, "Showbiz", mas foi só com este "Origin of Symmetry" que os descobri. Corria o ano de 2002 e ainda o rock andava a tentar renascer após anos uma segunda metade dos nineties em que andou desaparecido quando Os Muse se introduziram nos meus ouvidos e foi daquelas bandas que se foi descobrindo aos poucos. Aquela sensação de ouvir uma música espectacular na primeira audição, outra na segunda, outra na terceira, e quando dás por ti sentes que o álbum é mesmo muito bom e consistente. Foi um levar mais além do rock alternativo, com muitas experimentações instrumentais. Apesar de o sucesso a uma escala mais alargada só ter chegado aos Muse no álbum seguinte, "Absolution", a meu ver foi no "Origin" que eles atingiram o ponto mais elevado de qualidade musical. Músicas como "New Born", Plug in Baby" e ainda mais "Citizen Erased" ficam fortemente ligadas à História do Rock. Não por acaso, em 2006 a Q Magazine elegeu este álbum o 74º melhor de sempre...