12 fevereiro 2010

Pink Floyd - A Saucerful of Secrets (1968)

Após The Piper at the Gates of Dawn, os Floyd chegaram a uma encruzilhada. Com o seu líder, Syd Barrett, perdido algures na sua própria mente, a banda ficou algo perdida. Que futuro poderia ter uma das bandas mais underground do psicadelismo inglês? Para muitos era Syd a luz que iluminava a banda. Era o motor que os mantinha a andar. Era a estrela que os guiava pelas encruzilhadas da imaginação. Com o líder "desaparecido em combate", Waters, Wright e Mason procuraram ajuda num velho conhecido de Syd, David Gilmour. Este, muito mais talentoso musicalmente, não era um génio a nível de letras nem tinha aquele brilho que Barrett ostentava sempre que aparecia em palco, pelo menos até a sua demência começar a aparecer. Gilmour foi contratado para ser uma espécie de músico de suporte para Syd, no entanto, este começou a desaparecer aos poucos até sair de cena. Gilmour tomou o seu lugar e o resultado estava à vista apenas dez meses depois. Não sendo completamente groundbreaking em relação ao primeiro disco, A Saucerful of Secrets faz a transição entre o undeground psicadélico de Syd e as viagens cósmicas de Gilmour e Waters que se seguiriam depois. De realçar que o disco contém a última música de Barrett em álbuns de originais dos Floyd, a semi-inocente "Jugband Blues", onde Syd, apesar da sua condição psicológica, sabe claramente o seu triste fado no futuro da banda. A influência de Syd sente-se, ainda, em "Let There Be More Light", "Remember A Day", "Corporal Clegg" e "See Saw". Enquanto álbum transição, é notório o crescimento de Waters com a espacial "Set the Controls for the Heart of the Sun", uma das preferidas dos fãs. A música que dá nome ao disco é o início da era Floyd-Gilmour. Música instrumental longa com grandes laivos de rock espacial e progressivo. A partir daqui a influência de Syd deixaria de ser musical para ser apenas psicológica...

6 comentários:

ico costa disse...

O Gilmour e o Waters fizeram viagens cósmicas? Foram onde? Marte? Saturno?

Anónimo disse...

foram ao anus do roger

cala-te vasco disse...

que comentário dispensável.

Anónimo disse...

anus é um planeta

Vasco disse...

album do camandro

Jose Castro disse...

Darling, I'm going to Uranus...