Publico mais uma Crónica do Roll:
Maldito sejas, Eddie Vedder! Arre porra, se há gajo que estou chateado, é com o Eddie Vedder.
Na minha opinião, o Eddie é o Einstein da música e passo a explicar porquê.
Como todos sabemos, o Einstein, graças à sua bestial inteligência, foi o responsável pela descoberta da bomba atómica que provocou a morte de milhares de inocentes.
Efeito semelhante teve Eddie Vedder na música. A quantidade de bandas horrendas (sucessivos massacres musicais) que copiam a tonalidade de voz de Vedder são mais que as mães: " Os sinistros Creed, os merdosos Nickelback, os apaneleirados The Calling e , como todas as sopeiras bem sabem, até o garoto que ganhou os Ídolos tenta lá chegar. Será que conseguem?
Claro que não, arre porra. Pensavam que eu ia dizer mal dos Pearl Jam? Ih, Ca Burros!
Vamos lá ver uma coisa:
Todos que tentam imitar Eddie Vedder não passam de cópias baratas dos ciganos. Porque tentam os palermas? Nunca percebi...
O Eddie além de ser um gajo porreiro como o raio, que faz questão de ir surfar a Ribeira de Ilhas quando tem tempo e até ofereceu uma guitarra a um amigo de um amigo do meu primo , é um óptimo escritor de canções como o Tom Petty ou Neil Young.
Para dizer a verdade, sempre senti asco pelos idiotas que insistiam em comparar Nirvana com Pearl Jam.
Para mim, os dois são basilares no movimento grunge nos anos noventa - tempos em que a música não metia nojo - e cada uma das bandas fez história à sua maneira.
Enquanto os Nirvana seguiram uma postura punk e alternativa, à semelhança dos energéticos Mudhoney, a banda Eddie Vedder piscava o olho ao great american rock de Neil Young ou Bruce Springsteen.
Tal como os seus ídolos, Eddie Vedder nunca esqueceu as preocupações sociais e isso explica-se no concerto de homenagem a Bob Dylan com uma competente interpretação de "Masters Of War". O seu mestre gostou e nós também.
Em relação ao álbum propriamente dito, é bestialmente viciante e dos poucos que não me faz cair na tentação de passar músicas à frente. Sou incapaz de não ouvir o alive até ao fim, o even flow, Jeremy, o black, go, porch ou o raio que vos parta...
Resumindo:Arre porra, o álbum é do camandro.
Ouvi dizer que o Cobain não gostava dos Pearl Jam, mas também ouvi dizer que o Ingmar Bergman não gostava do Michelangelo Antonionni. O que eu quero dizer com isto é o seguinte: Normalmente os gajos bestiais não curtem os seus pares mas isso deve-se ao facto de serem um bocado marados dos cornos. Entenda-se "marados dos cornos" no bom sentido, como os poetas ou pintores que são génios com pancada.
Odeio pontuações chaladas - como os críticos geeks chalados do Ipslon gostam de dar - mas este merece um 9/10 na boa
Um abraço a vocês e ao Cisto que teve um esgotamento.
Assinado: Roll
8 comentários:
escusas d ser racista em relação aos ciganos, povo sem terra que graças a tipos como tu é pisado e repisado pela sociedade até não mais conseguir sair da lama preconceitual e xenófoba.
referia-me as roupas falsas. essa alusão racista é no minimo néscia.
bem, em relação aos ídolos... sabem as sopeiras e... pelos vistos... sabes tu também.
nota nostálgica:
não gosto de pearl jam tirando uma meia dúzia de músicas mas lembro-me de ter 16 ou 17 anos e de ter ido vê-los ao restelo e foi uma experiência muito boa. naquela altura os concertos pressupunham sempre um certo ritual, a viagem de uma hora de 28 até lá às quatro da tarde, o francisco meu amigo dos concertos de então lembrou-se de pintarmos os nossos cabelos compridos de cor-de-rosa sei lá bem porquê talvez por influência cobainiana, uma garrafa de casal garcia cada um, era aquela coisa que entrava bem, estava um sol daqueles bons, um ambiente festivo, nós os dois miúdos, umas cervejas lá dentro, um charro de haxixe manhoso mal enrolado porque nenhum de nós sabia enrolar bem, os who ao vivo em leeds a tocar nos altifalantes e eu e o francisco a cantarmos, antes de entrarem os vandals já eu estava deitado na relva a vomitar para um copo, um dos gajos ficou nu e o pessoal curtiu, depois o concerto de pearl jam foi bom, o meu amigo em crowd surfing foi parar aos braços de um segurança e teve que voltar para trás e entretanto deitou-se um bocadinho e adormeceu e eu fiquei lá sozinho no meio com os meus desconhecidos, braços no ar, berros essas coisas. meu deus, tenho saudades da adolescência, saudades do novo, do frenesim que era uma ida a um concerto, sim a sensação do novo. éramos putos sabem, éramos putos e aquele era um concerto de rock and roll com tudo o que isso acarreta e por muito que já não fosse "aquela coisa", de não ser uma das minhas bandas preferidas... aliás, era "aquela coisa", a verdade é que na altura a coisa batia-me como tudo. tenho saudades de muita coisa da adolescência, não é só dos concertos, mas hoje em dia um gajo compra um bilhete, vai trabalhar, janta em casa, depois mete-se no carro já em cima da hora e vê o concerto e vai-se embora, para nós adultos já não há um ritual porque já nada é novo. tenho saudades do novo.
Faz-te homem Ico. daqui a nada tens saudades da playmobil.
"Arre porra, o álbum todo é do camandro."
- mas você fala mesmo assim?
É um bom álbum sim mas também não percebo esta linguagem.
o Roll tem uma maneira estranha de falar, é verdade...
é um cartoon um bocado desequilibrado.
No entanto essas são expressoes portuguesas José...
o roll é portanto... português?
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