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20 maio 2010

The Kinks - Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire) (1969)

Numa destas tardes de passeata pela nossa bela Lisboa, que, com este bom tempo convida a ligeiros passeios, acompanhados de bons amigos, umas ginjinhas e umas imperiais, deparei-me com uma ligeira branca aquando da selecção de algo para ouvir no meu iFrod. Por vezes, a quantidade deixa-nos indecisos e periclitantes na escolha do som para o momento. Alguns clicks para cima e para baixo e parei neste álbum. Fiz play e segundos depois já estava a bater o pé ao som de "Victoria" enquanto aguardava o metro na estação do Areeiro. E, de repente, lembrei-me o porquê fiquei tão "amarrado" ao som dos Kinks. A estes Kinks, os do final dos anos 60 que se desprenderam da onda da British Invasion que os fez mais conhecidos. "All Day and All of the Night" ou "You Really Got Me" por muito que sejam grandes músicas ficam a léguas dos álbuns conceptuais mas muito britânicos feitos alguns anos depois. Aqui, em Arthur, os Kinks viajam pelos gloriosos anos do Império Britânico que estava presente nos quatro cantos do mundo. Mais uma vez, e, como é normal num álbum dito conceptual, a audição do mesmo tem que ser do início ao fim. De "Some Mother's Son", passando por "Australia", "Shangri-La" e acabando em "Arthur", os Kinks demonstram porque razão são tidos como uma das bandas que encorpou o verdadeiro sentido britânico. E nisto saí na estação do Rossio, bebi uma ginjinha e lá se passou mais dia...

04 dezembro 2009

The Kinks - Lola vs. the Powerman & the Money-Go-Round, Pt. 1 (1970)

The Kinks. Uma banda que muitos já ouviram falar aqui e ali. A banda que trouxe ao mundo "You Really Got Me", uma das músicas mais emblemáticas da dita "British Invasion", no entanto os Kinks nunca tiveram a importância dos Beatles ou Stones. Ficaram sempre um bocado na escuridão das grandes bandas esquecidas. Porém, e olhando para trás e vendo o legado que nos deixaram, podemos considerar os Kinks como uma das melhores bandas britânicas de sempre. E é com discos como este que essa afirmação mais faz sentido. Possivelmente um dos álbuns com nome mais bizarro, Lola vs. the Powerman & the Money-Go-Round, Pt. 1, é, sem qualquer dúvida, um dos melhores discos dos anos 70. Aqui, os Kinks demonstram o porquê de serem considerados uma das bandas inglesas mais típicas. Na senda de Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire), também neste disco Ray Davies e seu irmão Dave criam uma espécie de projecto conceptual. Agora sobre a indústria da música e as agruras que daí advêm. Seja em "Denmark Street", "The Moneygoround" ou em "The Top of the Pops" e "Powerman" ou então a sociedade em geral em "Apeman". "Strangers" e "This Time Tomorrow" que fizeram parte da banda sonora desse grande filme de Wes Anderson: "The Darjeeling Limited", são outros marcos neste disco. Apesar de aqui e ali o tal projecto conceptual falhar, este Lola vs. the Powerman & the Money-Go-Round, Pt. 1 tem um dos alinhamentos mais fortes, contendo mesmo uma história trágico-cómica sobre um encontro com um transexual em "Lola". Sem dúvida, um disco que revelou Ray Davies como um dos melhores compositores do Pop/Rock. Imprescindível...