The Kids Are Allright!
Recorro aos The Who, para anunciar que a juventude portuguesa está bem. Bastante bem, no que à música diz respeito.
A sustentar estas palavras, trago à conversa a malta da Cafetra Records. Esta é mais uma editora, criada recentemente, por gente nova - neste caso, muito nova mesmo.
A Cafetra começou a ser desenhada em 2008, e nessa altura, alguns dos envolvidos tinham 15 anos.
Nesta altura, a Cafetra já pôs cá fora o seu primeiro disco (Até Morrer d'Os Passos em Volta), e outros estão na calha, para este ano de 2012.
A Cafetra é uma editora comunitária - cada um dos elementos desempenha várias funções, entre elas, tocar numa banda.
Recorro aos The Who, para anunciar que a juventude portuguesa está bem. Bastante bem, no que à música diz respeito.
A sustentar estas palavras, trago à conversa a malta da Cafetra Records. Esta é mais uma editora, criada recentemente, por gente nova - neste caso, muito nova mesmo.
A Cafetra começou a ser desenhada em 2008, e nessa altura, alguns dos envolvidos tinham 15 anos.
Nesta altura, a Cafetra já pôs cá fora o seu primeiro disco (Até Morrer d'Os Passos em Volta), e outros estão na calha, para este ano de 2012.
A Cafetra é uma editora comunitária - cada um dos elementos desempenha várias funções, entre elas, tocar numa banda.
Nesta primeira abordagem à Cafetra, começo por falar do primeiro disco - Até Morrer d'Os Passos em Volta.
São 2 raparigas e 3 rapazes, guitarras, baixo, bateria, algumas teclas. E um gosto pelo rock sujo de baixa fidelidade. Já que falo deste conceito, começo por apresentá-los, dizendo que os Passos, na sua curta existência, já fizeram a primeira parte dum concerto de R. Stevie Moore, o pai fundador do lo-fi.
Os Passos em Volta fazem música de forma completamente despreocupada - com 20 anos, não há muitas razões para preocupações. Cantam sobre as festas dos Santos Populares, sobre o filme que viram ontem à noite, ou sobre comer a minha irmã, por trás - e acompanham essas palavras maioritariamente com guitarradas desbragadas e ritmos do punk rock dos anos 90, tudo ao molho, vozes umas por cima das outras, dando a sensação de terem sido gravadas live em estúdio (não sei se foram, mas parece. E isso é bom). Mas este disco não é só "barulho juvenil". Uma das músicas diz-lo logo no título - Acustiquinha. Além deste tema, há outros momentos mais calmos e melodiosos, talvez para descansar os ouvidos, por alguns minutos, antes de voltarem a disparar a sua puerilidade rockeira.
Os Passos em Volta fazem música de forma completamente despreocupada - com 20 anos, não há muitas razões para preocupações. Cantam sobre as festas dos Santos Populares, sobre o filme que viram ontem à noite, ou sobre comer a minha irmã, por trás - e acompanham essas palavras maioritariamente com guitarradas desbragadas e ritmos do punk rock dos anos 90, tudo ao molho, vozes umas por cima das outras, dando a sensação de terem sido gravadas live em estúdio (não sei se foram, mas parece. E isso é bom). Mas este disco não é só "barulho juvenil". Uma das músicas diz-lo logo no título - Acustiquinha. Além deste tema, há outros momentos mais calmos e melodiosos, talvez para descansar os ouvidos, por alguns minutos, antes de voltarem a disparar a sua puerilidade rockeira.
Os Passos em Volta, que foram buscar o nome a um livro de Herberto Hélder, não estão cá para salvar a música portuguesa, nem a música independente, nem a música de baixa fidelidade (expressão portuguesa para lo-fi, usado pelos saxões). Estão cá, para se divertirem, e para nos divertirem a nós, enquanto ouvintes e espectadores dos concerto.
Estão os Passos em Volta, como estão todos os companheiros da Cafetra Records (Kimo Ameba, Pega Monstro, Go Suck a Fuck, 100 Leio, Éme).
Juventude, energia e frescura. E vontade de fazer. Nesta altura, a Cafetra ainda só editou 2 discos, físicos, mas ao longo deste ano, esta barriga lisboeta há de dar à luz mais alguns discos, e dar a conhecer mais novas bandas portuguesas.
Juventude, energia e frescura. E vontade de fazer. Nesta altura, a Cafetra ainda só editou 2 discos, físicos, mas ao longo deste ano, esta barriga lisboeta há de dar à luz mais alguns discos, e dar a conhecer mais novas bandas portuguesas.
Os últimos anos têm visto nascer inúmeras bandas nacionais, filhas, por exemplo, da Amor Fúria, Flor Caveira, Chifre. Não sabemos o que será feito destas bandas daqui a 10 anos, mas se em cada 10 que aparecem, nos lembrarmos de uma, não será mau. E pelo menos, poderemos sempre olhar para os anos 10 do século XXI e lembrar este período fértil e criativo do velho Portugal Musical.
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