Descobri os Silver Jews em 2005, com este álbum. Ou seja, 16 anos depois de se formarem como banda, 11 anos depois do seu primeiro álbum, e já com mais 3 lançados entretanto. Quando os descobri soube que a banda foi criada por David Berman e dois elementos dos Pavement, Stephen Malkmus e Bob Nastanovich o que torna ainda mais vergonhosa a minha desatenção. Mas mais vale tarde que nunca, certo? Até porque chegaram tarde mas ganharam um lugar especial e a audição que fiz hoje de manhã para preparação deste post só serviu para reforçar isso mesmo.
David Berman arrasa-nos com as suas letras únicas, de poeta, e se tivermos em conta que metido neste álbum estão emoções que terá sentido nos difíceis 4 anos que o separam do anterior Bright Flight, onde o abuso de drogas e depressão o levaram a tentar o suícidio, só podemos agradecer por ter dado a volta por cima e partilhar connosco um pouco desse carrossel de sentimentos na forma deste Tanglewood Numbers.
"Punks in the Beerlight", música que abre o álbum fez parte do meu alinhamento da Hora do Bolo. Será que isto só por si prova o valor que dou a esta música? Aquela intensidade de um "I Love you to the MAX!" é algo muito muito especial. Depois vem uma lista de músicas de nome enorme que algumas vezes me deu sustos derivado do facto de que me punha a olhar para o iPod para ler o nome todo e distraído da estrada tudo podia ter acontecido. Todas elas com o seu encanto, a sua magia, as suas metáforas para transmitir a sua nova encontrada fé e um ritmo muito vivo a acompanhar. E não podia deixar também de realçar o grand finale "There is a place", uma música que parece um resumo do álbum, onde tudo se concilia.
Poderia aqui colocar várias frases que se retiram deste álbum e que nos fazem pensar, nos fazem sonhar. Mas prefiro deixar cada um ouvir com a devida atenção e descobrir por si, sentir por si.
3 comentários:
Gostei. Obrigado Alex.
Tem algo de Radar Bros., nao é? Mas menos melancólico-contemplativo.
PS: tenho que comprar um rato novo.
Gostei. Obrigado Alex.
Tem algo de Radar Bros., nao é? Mas menos melancólico-contemplativo.
PS: tenho que comprar um rato novo.
De nada. Tal como disse no manifesto altamont, se pelo menos uma pessoa ouvir e gostar já está ganho!
Radar Bros confesso que não conheço muito, só 2/3 músicas, mas se fazes essa associação se calhar vou conhecer melhor.
Compra na fnac.
Enviar um comentário