Os Yo La Tengo são uma banda que ando a descobrir de trás para a frente. Ou seja, comecei em 2007 com uma compra espontânea do álbum mais recente deles na altura, de nome I Am Not Afraid of You and I Will Beat Your Ass. O nome só por si já mereceria gastar uns euros, mas adicionando o facto de ter ouvido aqui e ali uns burburinhos sobre a banda foi mesmo impossível resistir. Depois fui ouvindo. E gostando. Descobrindo música a música. Também em 2007 o IndieLisboa deu-me a possibilidade de assistir a "Old Joy", um filme da neste momento consagrada Kelly Reichardt, cuja banda sonora foi totalmente composta pelos Yo La Tengo. Em 2009 quando saiu o álbum seguinte (e neste momento último), Popular Songs, fui provavelmente a primeira pessoa de Portugal a comprá-lo. Pretensioso? Talvez. Mas o que é certo é que estava em pre-order na amazon e assim que ficou disponível trataram de me enviar. Depois disso e do excelente concerto na Aula Magna o ano passado já não havia dúvidas - estava na hora de ir à conquista dos restantes 25 anos (!!!) e 10 álbuns da banda. E assim está a ser. Dos 10 já levo 4 ouvidos com a devida atenção. E é desses 4 que vou destacar este And Then Nothing Turned Itself Inside-Out que foi o que ganhou um lugar especial. E ganhou-o de uma forma que parece simples - basta uma das mais perfeitas músicas de amor, "Our Way to Fall" (não resisto a colocar aqui a letra da música), duas músicas primaveris perfeitas de nome "You Can Have It All" e "Let's Save Tony Orlando's House", guitarras com distorção a fazerem maravilhas em "Cherry Chapstick". Ou seja uma bela demonstração do que a banda é capaz, da diversidade que almeja e consegue atingir. O trio Ira Kaplan, Georgia Hubley e James McNew apostou neste álbum numa base mais serena, tranquila, a que não é alheia a própria capa do álbum. Vejam como tudo parece calmo e sereno no bairro, tirando o pequeno pormenor/pormaior de estar em curso o que parece ser um sequestro por aliens.
Resumindo, deixa água na boca para continuar a pesquisar mais. E acho que isto é o melhor que pode acontecer a alguém - suscitar a curiosidade por mais. Experimentem já aqui em baixo. Aviso que correm o risco de terem de ir atrás dos restantes trabalhos da banda.
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