Tendo como realizadores Joe Berlinger and Bruce Sinofsky, este "Some Kind of Monster" de 2004 permite-nos ter uma visão única sobre o interior dos Metallica num determinado espaço de tempo. E, por acaso, ou não, apanhou a banda num dos momentos mais difíceis da banda. Senão vejamos; Jason Newsted, baixista já com 15 anos de banda decidiu abandonar; os fãs estavam a destruir discos de Metallica na rua após todo o processo contra o Napster; os 2 últimos álbuns, Load e Reload, nunca foram muito bem recebidos de um forma geral (eu gosto do Load). Temos assim um cenário montado que parece uma espécie de Big Brother, o colocar dos 3 membros da banda num palco, juntamente com um terapista/psicólogo e deixá-los ser eles próprios, com as suas manias, birras, tudo. Poucos aceitariam mostrar-se assim ao mundo, de uma forma tão transparente, e acho que é por este ponto que o documentário nos ganha - a transparência do mesmo. Podemos ver os problemas existenciais de James, juntamente com a entrada numa clínica de reabilitação para alcoolismo. Podemos ver a personalidade difícil de Lars, querendo fazer tudo à sua maneira. No meio um Kirk calmo e pacífico tentando colocar paninhos quentes nas birras de crianças de Lars e James. E podemos ver as constantes tentativas de Phil Towle, o tal terapista/psicólogo contratado, em ajudar os membros da banda a colocar todas as energias na direcção certa. Tudo isto enquanto tentam criar um novo álbum que os leve de volta ao metal cru, de início de carreira.
Penso que é um must see não só para os fãs da banda, mas como para qualquer fã de música que se preze, até porque é também uma espécie de "making-of" do álbum St.Anger.
Abaixo está o filme quase quase completo em HD, falta ali um segmento no final, mas aposto que arranjam formas simples e baratas de ver o filme com qualidade.
Enjoy!
3 comentários:
rich pricks half retarded that cannot have a real conversation between themselves.
o problema deste documentário está no cineasta, que optou pela bigbrotherização e nunca deixou os "artistas" suficientemente à vontade. Lars está constantemente a actuar para a câmera. Surpreendente a incapacidade de dizerem uma frase que seja interessante, o que explica a falta de criatividade, ou como eles dizem, inspiração. Ficamos a saber também que o que impulsiona as decisões da banda, nesse momento, estava mais relacionado com aspectos exteriores (o que é trendy ou não, por exemplo) do que com decisões interiores, puras, que sigam aquilo em que eles acreditam verdadeiramente. Nada está mais afastado disso que os Metallica vistos neste documentário.
"Penso que é um must see não só para os fãs da banda, mas como para qualquer fã de música que se preze".
No entanto, ou será porque eu não sou fã de "música que se preze" - sabe-se lá o que isso quer dizer, cá para mim é uma frase REACCIONÁRIA - eu vi um bocado disto e achei uma trampa.
Vejo um par de realizadores - que não me parecem ser realizadores mas sim operadores de câmara e montadores - sem nada para dizer e vejo uma banda cuja metade dos membros pinta o cabelo igualmente sem nada para dizer.
Ainda assim querem fazer-me crer que esta coisa - esta sala do confessionário do BB mas com pessoas claramente menos interessantes que o telmo ou o zé maria - é um must-see para amantes de música, repito, "que se preze". No entanto é um logro e fez parte do projecto de marketing para os Metallica se relançarem - mas que só conseguiu atingir os fãs com QI's inferiores ao deles próprios, o que por estranho que pareça através deste "filme", ainda devem ser muitos.
Nota:
Gosto muito dos quatro primeiros álbuns de Metallica.
caríssimos, concordo quase na totalidade com o que dizem.
Big brother sem dúvida.
quando digo é um must see, e admito que não me tenha explicado bem, é devido ao facto de vermos o vazio que se encontra nestas alminhas que são tanto glorificadas. Os metallica, neste momento, não são mais que uma lady gaga e este era o meu ponto.
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