E hoje no Altamont o tempo de antena vai todo para estes monges rockeiros que, seguramente, têm uma óptima história por e para contar.
Cinco soldados americanos em serviço numa base alemã decidem ficar por lá e criar uma banda de seu nome Torquays. Começaram por tocar covers de Chuck Berry, e por aí. Eram apenas mais uma dessas bandas que, à semelhança dos Beatles, tinham tentado a sua sorte por solo alemão, mais boémio e louco que outras partes do mundo ocidental. Apesar da história dos Monks não ser um mar de rosas, o seu futuro na música nesta altura estava traçado, Seriam engolidos como a maior parte das bandas desta altura que apenas tocavam covers. No entanto algo mudou na cabeça destes cinco rapazes americanos. A influência de uns "loucos" existencialistas alemães e a guerra do Vietname. Com isto veio também uma nova aproximação à música e mudança de nome para The Monks. Aquele que hoje podemos chamar de pré-punk ou um Pop destrutivo como lhe chamou Jack White. Equipados a rigor, ou seja, robes escuros e cabelo rapado no centro da cabeça, os Monks deixaram o público alemão completamente surpreendido com este kit, tanto visual como musical. Ao estilo rock de garagem, muito puro e agressivo, aliado às letras psicopatas de Dave Day, este grupo norte-americano criou um estilo que, até aí, não existia mas que se pode encontrar uns meses mais tarde com 13th Floor Elevators. Apesar de terem conseguido um contrato com uma discográfica alemã, os Monks não conseguiram entrar no mercado americano, muito devido às letras agressivas. E assim, tal como começaram, cedo o seu fim foi uma realidade, envolto numa confusão que até hoje não se conhece bem a causa da separação. Para a história ficou o seu único disco, "Black Monk Time, esquecido durante décadas, um autêntico tesouro escondido que o Altamont escavou para a vossa apreciação...
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