Corria o ano de 2001. O mesmo ano de chegada dos Strokes e início de uma nova era na música. Ano esse que Yorn agarrou com unhas e dentes, tornando-se numa das figuras mais importantes. O seu álbum de estreia musicforthemorningafter é uma delícia e está repleto de grandes músicas. São 14 ao total, todas de grande qualidade, um "tour de force" que Yorn nunca mais conseguiu sequer igualar. Nascido em New Jersey, terra natal de Bruce Springsteen, as semelhanças notam-se mas não são essenciais. A paixão que mete nas suas músicas fazem lembrar um pouco de Jeff Buckley misturado com Ryan Adams e um pouco de Jakob Dylan piscando o olho à pop inglesa, sobretudo dos Smiths. O disco começa logo em grande com o single, "Life on a Chain". Seguem-se duas baladas orelhudas, "Strange Condition" e "Just Another Girl" com um estilo muito próprio de Pete Yorn neste disco, observado também em "Lose You", "June", "On Your Side", "EZ" ou "Simonize". O registo rock encontra também o seu maior fulgor, além do single inicial, em "Black", "For Nancy", "Murray" e "Closet". Um dos melhores discos de 2001 e, seguramente, da década, consagrado em Portugal com um showcase na discoteca Garage no qual este escriba este presente. Infelizmente para Pete Yorn e para o público em geral, o nível demonstrado neste disco nunca mais foi igualado nos álbuns que se seguiram, levando-o para um certo esquecimento. Recentemente gravou um dueto com a actriz Scarlett Johansson mas também sem grande aceitação geral. No entanto, só por musicforthemorningafter já valeu a pena termos conhecido Pete Yorn.
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