Imaginemos o homem na pré-historia quando descobriu que as construções não são apenas as feitas de pedras, paus e colmo mas também dos sons que surgem dum tronco oco de árvore antiga. Ou mesmo dos sons que vem dos pulmões dos homens (quando ainda não havia nome para a caverna que existe no interior do peito), que emergem em murmúrios durante as caminhadas. Terá pensado em silencio nas imensas possibilidades da sua descoberta? Terá a musica precedido a linguagem? E sem linguagem terá conseguido formular no seu cérebro este tipo de descobertas? Terá apenas explorado sem preocupações intelectuais?
Paul Gauguin no auge do período industrial apercebendo-se da sua própria sujidade interior tentou, primeiro nas aldeias perdidas da Bretanha e mais tarde nas colónias francesas da Polinésia, atingir um estado mais selvagem, considerado por ele um estado mais puro. Não encontrou esse estado primordial com que sonhou e acabou ate por morrer de doença de homem branco, transmitida num coito lamacento, na certeza de que não existe já um espírito que seja que esteja livre da corrupção.
Indicações: A altura ideal para escutar esta obra nipónica é precisamente nos vossos escritórios ou na comuta (perdoem-me o inglesismo) diária se for feita de metro ou comboio. Em alternativa, durante um concerto de Green Day ou de uma banda tributo aos Led Zepellin. Ponham headphones, claro. E não estou a brincar.
Eu sugeria sacarem esta el paso inferior, ou, melhor, comprarem-na online, do que estarem a ouvi-la aos bocados no youtube.
2 comentários:
Não segui o teu conselho Cisto, por não comutar em transportes públicos nem ir a um concerto de green day.
experimentei ao mesmo tempo que se me deparam folhas de excel.
foi assustador.
o importante eh nao desistir
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