They grow up so fast.
Os Arctic Monkeys tocaram em Portugal, pela 3ª vez desde 2006, e isso foi só há 4 anos.
E hoje, os Arctic Monkeys estão adultos. E há 4 anos, eram simples adolescentes, com jeito para a música, mas não eram mais do que adolescentes, com tudo o que de bom e de mau isso tem. E passados 4 anos e 3 discos, eles tocam em Lisboa, e dão um concerto que é de guardar na memória.
Campo Pequeno todo lotado, com adolescentes e quarentões, tudo em pulgas para ver os Monkeys. Alguns resistiram ao saber que era no Campo Pequeno, raro é o concerto que tem bom som, e isso estraga logo quase tudo. mas desta vez, alguém se esmerou, e o som só não estava mau, como estava muito bom. Não fazia eco, os instrumentos saíam limpos, nenhum se sobrepunha muito aos outros. Lá está, o som bom na sala, melhora logo quase tudo (por isso quse todos os concertos na aula magna são bons).
Mas neste concerto não havia outra hipótese, o som tinha mesmo de estar bom, porque o novo álbum dos Arctic Monkeys, Humbug, tem uma sonoridade limpa, definida. Neste capítulo, tudo correu bem.
A actuação deles em palco, e a pose deles em palco, e a música deles em palco, provou que eles cresceram, amadureceram, fizeram-se homens.
A diferença do último para este álbum é o que cada membro da banda passou. Nestes anos, desde 2007 quando saiu Favorite Worst Nightmare, os putos de Sheffield viveram muito mais do que tinham vivido até aí - enfiados na sua cidadezinha inglesa, sempre sem sol. Neste processo de crescimento de cada um deles, há uns aspectos a destacar. Nomeadamente a música que começaram a ouvir. Por sua iniciativa, e por iniciativa de um jornalista da Mojo, que lhes deu um molhe de discos e lhes disse "vocês têm de ouvir isto". E fez ele bem. Um artista, para ser melhor no que faz, tem de conhecer o que já foi feito.
E com os Monkeys deu-se isso, ouviram Black Sabbath e Led Zeppelin. E deixaram crescer o cabelo. E foram aos Estados Unidos, e gravaram nos estúdios do Jimi Hendrix. E Gravaram com o Josh Homme, algures no Mojave Desert na Califórnia.
E isso, claro, influencia tanto a pessoa como o músico.
Em palco, no Campo Pequeno, estiveram esses músicos e pessoas, mudados, mais velhos, mesmo que ainda tenham 24 anos. E fizeram um concerto memorável - com direito a uma explosão de confettis no fim. Tocaram as músicas novas, mais melódicas e com menos exuberância rock, tocaram as músicas mais exuberantes rock dos álbuns anteriores, mas fizeram-no de forma adulta. Puseram o Campo Pequeno a cantar, a dançar, e em certas alturas, a fazer moche. Têm energia, boas músicas, um atitude discreta (baixo-perfil), e sabem conquistar o público.
São um caso sério, porque o talento musical está lá, e o potencial para crescer, está lá ainda mais. Principalmente se continuarem a ser bem orientados, e se continuarem a encarar a música como encaram - sem grandes preocupações, e cada vez mais comprometidos com o som. Uma grande banda para os anos 10.
Os Arctic Monkeys tocaram em Portugal, pela 3ª vez desde 2006, e isso foi só há 4 anos.
E hoje, os Arctic Monkeys estão adultos. E há 4 anos, eram simples adolescentes, com jeito para a música, mas não eram mais do que adolescentes, com tudo o que de bom e de mau isso tem. E passados 4 anos e 3 discos, eles tocam em Lisboa, e dão um concerto que é de guardar na memória.
Campo Pequeno todo lotado, com adolescentes e quarentões, tudo em pulgas para ver os Monkeys. Alguns resistiram ao saber que era no Campo Pequeno, raro é o concerto que tem bom som, e isso estraga logo quase tudo. mas desta vez, alguém se esmerou, e o som só não estava mau, como estava muito bom. Não fazia eco, os instrumentos saíam limpos, nenhum se sobrepunha muito aos outros. Lá está, o som bom na sala, melhora logo quase tudo (por isso quse todos os concertos na aula magna são bons).
Mas neste concerto não havia outra hipótese, o som tinha mesmo de estar bom, porque o novo álbum dos Arctic Monkeys, Humbug, tem uma sonoridade limpa, definida. Neste capítulo, tudo correu bem.
A actuação deles em palco, e a pose deles em palco, e a música deles em palco, provou que eles cresceram, amadureceram, fizeram-se homens.
A diferença do último para este álbum é o que cada membro da banda passou. Nestes anos, desde 2007 quando saiu Favorite Worst Nightmare, os putos de Sheffield viveram muito mais do que tinham vivido até aí - enfiados na sua cidadezinha inglesa, sempre sem sol. Neste processo de crescimento de cada um deles, há uns aspectos a destacar. Nomeadamente a música que começaram a ouvir. Por sua iniciativa, e por iniciativa de um jornalista da Mojo, que lhes deu um molhe de discos e lhes disse "vocês têm de ouvir isto". E fez ele bem. Um artista, para ser melhor no que faz, tem de conhecer o que já foi feito.
E com os Monkeys deu-se isso, ouviram Black Sabbath e Led Zeppelin. E deixaram crescer o cabelo. E foram aos Estados Unidos, e gravaram nos estúdios do Jimi Hendrix. E Gravaram com o Josh Homme, algures no Mojave Desert na Califórnia.
E isso, claro, influencia tanto a pessoa como o músico.
Em palco, no Campo Pequeno, estiveram esses músicos e pessoas, mudados, mais velhos, mesmo que ainda tenham 24 anos. E fizeram um concerto memorável - com direito a uma explosão de confettis no fim. Tocaram as músicas novas, mais melódicas e com menos exuberância rock, tocaram as músicas mais exuberantes rock dos álbuns anteriores, mas fizeram-no de forma adulta. Puseram o Campo Pequeno a cantar, a dançar, e em certas alturas, a fazer moche. Têm energia, boas músicas, um atitude discreta (baixo-perfil), e sabem conquistar o público.
São um caso sério, porque o talento musical está lá, e o potencial para crescer, está lá ainda mais. Principalmente se continuarem a ser bem orientados, e se continuarem a encarar a música como encaram - sem grandes preocupações, e cada vez mais comprometidos com o som. Uma grande banda para os anos 10.
7 comentários:
Estes meninos ainda tem de comer muita farinha Maizena para chegar aos calcanhares dos Zeppelin, Sabbath e Hendrix!
Por enquanto ainda não passam de promessas...
Não acho que as novas músicas sejam mais melódicas ou com menos exuberância rock. São mais instropectivas e mais dark mas são rock. Já não é o Rock mais punk dos discos anteriores. Os putos não são nem serão os Led Zep, Sabbath ou Jimi mas têm qualquer coisa neles e este concerto demonstrou. Esperamos um quarto disco ainda melhor. Bom artigo Du e grandes Fotos.
Pá digam o que disserem, os Arctic estiveram mesmo bem nesta grande noite. Casa cheia, apesar de achar o espaço mínimo para acolher este tipo de concertos, visto que esta banda é uma das que tem mais seguidores em Portugal. O alinhamento esteve bom, apesar de faltarem algumas musicas dos albuns anteriores. Mas apesar de tudo, foi um grande concertão! =)
Acho que não os concertos não devem ter demasiada gente ao ponto de se tornar quase impessoal. Concertos em salas como o Atlântico fazem-me não querer ver bandas ao vivo. Para mim ou é uma sala tipo Coliseu ou então um concerto de verão em estádio ou recinto de festival. Mais não, por favor.
não faz muito sentido comparar os monkeys com samurais tipo hendrix ou zep...
Mas que são uma boa banda, são. Os blur desta geração...
Pá também sou a favor de concertos em salas mais ''reservadas'' e isso, até porque o som e o ambiente acabam por ser diferentes. O meu problema foi já não conseguir bilhete para a plateia e depois acabei por achá-la pequena, a razão pelos bilhete terem esgotado depressa. Mas pronto, seja na bancada ou na plateia, estive naquele grande concerto.
É por isso importante comprar o bilhete imediatamente após se saber a data do concerto. Eu sei que nem sempre dá, seja por questões de tempo ou financeiras mas são sacrifícios que se têm que tomar. Este concerto foi imperdível, dos melhores qu vi nos últimos meses.
Enviar um comentário