Midlake. Uma banda nova a surgir? Não. Este quinteto texano já existe desde 2000 e acaba de lançar o seu terceiro disco. Há bandas assim. Umas aparecem logo à primeira e acabam por desaparecer ao segundo ou terceiro disco, outras ganham mais importância em discos posteriores. Uma maior maturidade e experiência ajuda, por vezes. Os Midlake entraram no mundo discográfico com Bamnan and Slivercork em 2004. Um álbum rotulado de lo-fi ou indie psicadelia, ou seja, um disco morno com toques psicadélicos à la Pet Sounds ou Sgt Pepper's. Dois anos volvidos os Midlake acabariam por largar esta onda, colando-se mais à sonoridade de um Rufus Wainwright ou Tim Buckley com The Trials of Van Occupanther. Um folk de eloquência mais grandiosa. Este ano os Midlake continuaram o seu caminho pelas florestas obscuras tal Duendes, Elfos ou Hobbits a caminho de destruir o anel. Tudo instigado e magicado pelas poções de Gandalf. O toque dos druidas é visível até pela própria capa do disco. O ambiente do disco não deixa enganar. Estamos perante um dos grandes discos de folk alternativo dos últimos anos. Enquanto os Fleet Foxes vão calças de ganga e botas, os Midlake escolheram o caminho medieval. Não há grande destaque música a música dado ser um disco que se tem que ouvir de início ao fim. Uma folk pujante que nos agarra logo desde o início com "Acts of Man" e liberta-nos com "In The Ground". No fim ficamos com a impressão que tivemos mais um bocadinho da nossa vida escondida no imaginário de alguém. É bom escapar como também é bom voltar.
3 comentários:
Isto não é mais do que uma viagem à Terra Média. As paisagens, os cheiros, sei lá, tudo à volta deste universo está presente neste álbum.
Nice one! ;-)
lord of the rings geeks...
so ha um regresso e esse é o de Jedi...
Epa Que grande álbum, sim sr.
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