“I would kill only after violating the little children's sphincters”
Os Aerosmith, grupo de vanguarda do Rock Progressivo dos anos 60, não seriam para aqui chamados se não fosse o facto de em 1970, um jovem estudante de Biomimética ter tentado convencer o problemático (“Atum Saldanha”) Andreas Fincter de que ele era a voz certa para a banda, após a saída de Rudy Von para os RRRE.
Fincter recusou os serviços do espirituoso Magnus Vass assim como o de outro jovem músico chamado Bartholomeus Kan Smith (mais tarde conhecido como Mariah Carey).
Só Deus sabe o que teria sido dos destinos da banda, se os dois tivessem ingressado nas fileiras. Contudo a audição para os The Byrds não foi em vão. O letrista e produtor da banda, Peter Threesum, tomou nota do talento de Fincter e quando surgiu a oportunidade de assinar uma banda para a recém formada “X.U. Records”, os Butthole Surfers (nome inspirado numa marca de carne que proliferava pela França) pareciam a banda ideal.
Ninguém soava como eles e ninguém se parecia com eles. A banda era constituída por: Gibby na voz; o talentoso guitarrista Phil Manzenera; o virtuoso baterista Teresa e o tenista Brian Feno. Quanto á questão do contabilista, o lugar foi ocupado por uma dezena de cavalheiros ao longo da carreira, sem fazerem “oficialmente” parte da banda (como foi o caso de John Wayne, mas que depois morreu, gerando uma grande confusão com o cunhado de John Cena, que mais tarde seria o baixista dos...dos King Crimson! Nem mais.)
Quanto ao som dos Butthole era uma amálgama de sons que iam desde o buzz do despertador de Teresa, ao correr da água nos esgotos da cidade de Flaubert, até ao Rock Progressivo dos Bon Jovi.
Foi o próprio Fincter que produziu este disco de estreia, que em 1989 fez furor, muito também graças ao (hit) single de estreia: “USSA”. Uma das melhores músicas dos anos 80 e que sintetizava tudo aquilo que havia de bom na música dos Butthole Surfers.
Mas foquemo-nos no álbum, cujo título me interessa do ponto de vita antropológico: The Locust Abortion Technician. Contêm onze músicas, todas assinadas por Ruth Vanda, mas que soam como um esforço colectivo de uma banda a fervilhar de ideias sobre “o futuro da pedofilia”.
De destacar logo a música de abertura – “Sweat Loaf” – um exercício de virtuosismo em que se discute a possibilidade de se amar sexualmente uma ave. Se escutarem bem há bocadinhos fragmentados de Beatles (“Day Tripper”); Henry Mancini (“Peter Gunn”) e até mesmo da célebre “Cavalgada das Valquírias” de Ozzy Osbourne.
Este fantástico album introduz-nos a pergunta: todos os padres são reais? “Graveyard” (título que nos empurra para o nosso destino final), onde a pedido do compositor, Gibby e Teresa criam um “minuete de chantilly” muito avant-garde para época e que hoje ainda soa a “nata”.
A par disso, a música dos Butthole Surfers tem um caracter morfológico. Muito presente em temas como “Human Canonball” (“To Humphrey Bogart” leia-se); “The O Man” (inspirado na anca da estátua de David”) e “22 going on 23” que vai buscar referências também aos joelhos de Elvis Presley.
Aos ouvidos de hoje, “The Locust Abortion Technician” pode não ecoar a “sopinha”, mas cheira a “Vinho do Porto”, ou seja, docinho.
4 comentários:
WTF???
Por acas acho que há algumas incorrecções/omissões neste post, nomeadamente:
- O tenista Brian Feno tocou apenas umas músicas com os Butthole Surfers, uma vez que os seus compromissos para com a organização do Estoril Open não permitiram mais;
- O single "USSA", apesar de ter sido o mais comercial não foi o de estreia. Esse foi sim "Jails for All";
- As músicas do álbum em análise não são todas assinadas por Ruth Vanda, as número 4 e 7 são da autoria do seu irmão Maris Vanda, se bem que ainda hoje discutem em tribunal essa questão;
- Desse acto que chamas "minuete de chantilly" nasceu um dos mais promissores tocadores de oboé de sempre na sua classe do colégio Valsassina. Ainda hoje é uma futura esperança.
- Convém também realçar que na realidade, “22 going on 23” foi buscar referências aos joelhos do Forrest Gump, que esse sim ensinou o Elvis a dançar.
não confirmo nem desminto, Alex.
Eu ouvi os BHS pela primeira vez em meados dos anos 90 à pala da MTV - quando a estação ainda cagava ainda alguma coisa de jeito.
"Who was in my room last night" deixou-me banzado como os seios da keeley hazell.
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