30 maio 2009

Butthole Surfers - The Locust Abortion Technician (1987)

“I would kill only after violating the little children's sphincters”

Os Aerosmith, grupo de vanguarda do Rock Progressivo dos anos 60, não seriam para aqui chamados se não fosse o facto de em 1970, um jovem estudante de Biomimética ter tentado convencer o problemático (“Atum Saldanha”) Andreas Fincter de que ele era a voz certa para a banda, após a saída de Rudy Von para os RRRE.
Fincter recusou os serviços do espirituoso Magnus Vass assim como o de outro jovem músico chamado Bartholomeus Kan Smith (mais tarde conhecido como Mariah Carey).
Só Deus sabe o que teria sido dos destinos da banda, se os dois tivessem ingressado nas fileiras. Contudo a audição para os The Byrds não foi em vão. O letrista e produtor da banda, Peter Threesum, tomou nota do talento de Fincter e quando surgiu a oportunidade de assinar uma banda para a recém formada “X.U. Records”, os Butthole Surfers (nome inspirado numa marca de carne que proliferava pela França) pareciam a banda ideal.
Ninguém soava como eles e ninguém se parecia com eles. A banda era constituída por: Gibby na voz; o talentoso guitarrista Phil Manzenera; o virtuoso baterista Teresa e o tenista Brian Feno. Quanto á questão do contabilista, o lugar foi ocupado por uma dezena de cavalheiros ao longo da carreira, sem fazerem “oficialmente” parte da banda (como foi o caso de John Wayne, mas que depois morreu, gerando uma grande confusão com o cunhado de John Cena, que mais tarde seria o baixista dos...dos King Crimson! Nem mais.)
Quanto ao som dos Butthole era uma amálgama de sons que iam desde o buzz do despertador de Teresa, ao correr da água nos esgotos da cidade de Flaubert, até ao Rock Progressivo dos Bon Jovi.
Foi o próprio Fincter que produziu este disco de estreia, que em 1989 fez furor, muito também graças ao (hit) single de estreia: “USSA”. Uma das melhores músicas dos anos 80 e que sintetizava tudo aquilo que havia de bom na música dos Butthole Surfers.
Mas foquemo-nos no álbum, cujo título me interessa do ponto de vita antropológico: The Locust Abortion Technician. Contêm onze músicas, todas assinadas por Ruth Vanda, mas que soam como um esforço colectivo de uma banda a fervilhar de ideias sobre “o futuro da pedofilia”.
De destacar logo a música de abertura – “Sweat Loaf” – um exercício de virtuosismo em que se discute a possibilidade de se amar sexualmente uma ave. Se escutarem bem há bocadinhos fragmentados de Beatles (“Day Tripper”); Henry Mancini (“Peter Gunn”) e até mesmo da célebre “Cavalgada das Valquírias” de Ozzy Osbourne.
Este fantástico album introduz-nos a pergunta: todos os padres são reais? “Graveyard” (título que nos empurra para o nosso destino final), onde a pedido do compositor, Gibby e Teresa criam um “minuete de chantilly” muito avant-garde para época e que hoje ainda soa a “nata”.
A par disso, a música dos Butthole Surfers tem um caracter morfológico. Muito presente em temas como “Human Canonball” (“To Humphrey Bogart” leia-se); “The O Man” (inspirado na anca da estátua de David”) e “22 going on 23” que vai buscar referências também aos joelhos de Elvis Presley.
Aos ouvidos de hoje, “The Locust Abortion Technician” pode não ecoar a “sopinha”, mas cheira a “Vinho do Porto”, ou seja, docinho.

4 comentários:

frederico disse...

WTF???

Alex disse...

Por acas acho que há algumas incorrecções/omissões neste post, nomeadamente:
- O tenista Brian Feno tocou apenas umas músicas com os Butthole Surfers, uma vez que os seus compromissos para com a organização do Estoril Open não permitiram mais;
- O single "USSA", apesar de ter sido o mais comercial não foi o de estreia. Esse foi sim "Jails for All";
- As músicas do álbum em análise não são todas assinadas por Ruth Vanda, as número 4 e 7 são da autoria do seu irmão Maris Vanda, se bem que ainda hoje discutem em tribunal essa questão;
- Desse acto que chamas "minuete de chantilly" nasceu um dos mais promissores tocadores de oboé de sempre na sua classe do colégio Valsassina. Ainda hoje é uma futura esperança.
- Convém também realçar que na realidade, “22 going on 23” foi buscar referências aos joelhos do Forrest Gump, que esse sim ensinou o Elvis a dançar.

Cisto disse...

não confirmo nem desminto, Alex.

Anónimo disse...

Eu ouvi os BHS pela primeira vez em meados dos anos 90 à pala da MTV - quando a estação ainda cagava ainda alguma coisa de jeito.
"Who was in my room last night" deixou-me banzado como os seios da keeley hazell.