Após o concerto de Muse no Pavilhão Atlântico que apesar de ter sido bom e competente mostrou aquilo que se começa a gostar menos no rock e na música em geral. O factor grande banda versus alienamento da proximidade entre banda e público. Um concerto no Atlântico faz lembrar a visualização de um DVD partilhada com milhares de pessoas. Começa a ser apenas um grande espectáculo e não a apreciação da música em concreto. Ou então assemelha-se a um jogo de futebol onde a equipa da casa já ganhou, não obstante o que faça em palco. Porém, o reverso da medalha existe e ainda bem. Bandas pequenas, indie ou alternativas, desconhecidas ou consagradas (no seu contexto), tanto faz, são o que ainda nos faz sentir aquela emoção da descoberta e do prazer de um concerto. Esse exemplo foi bem claro com este duplo concerto na ZDB. Duas bandas a fazer uma digressão em conjunto, tocando de uma forma honesta.
A primeira parte coube aos Fruit Bats, originários de Chicago, impressionados com Lisboa, tocaram o seu Sunshine Folk/Pop que muito agradou aos presentes, revelando ser uma boa surpresa ao vivo.
(fotos by Duarte Pinto Coelho)