10 novembro 2011

Álbum de Estimação: Blind Zero - "Trigger" (1995)

Depois de um Fresquinho português e um Recomenda português só podia vir um Estimação português para completar o ramalhete. Mas um Estimação português é uma tarefa mais complicada para mim, que, apesar de ter passado a maior parte da minha vida em Portugal, não fui educado tendo a cultura portuguesa como base (e não me peçam mais explicações que este espaço não é para eu andar a contar a minha vida). Música portuguesa lá em casa quase nem vê-la ou ouvi-la. O meu ouvido não foi habituado a ouvir cantar em português e assim não é de estranhar que tenha elegido um álbum de uma banda portuguesa que canta em inglês (e sobre este assunto daria para uma discussão alargada de várias horas mas não aqui, não é o local nem o momento ainda para mais tendo em conta que a minha idade não permite discussões sem um copo de vinho na mão).
Vamos lá então aos Blind Zero, com aquele sentimento de nostalgia dos tempos do secundário, cabelo comprido, a Herculano de Carvalho, paixões arrebatadoras dia sim dia não, o 25A para o trajecto casa-escola, escola-casa, e o Trigger no discman do Tiago a acompanhar (nesta altura discman não era para todos e eu apenas tinha o meu velhinho walkman). Parece que foi ontem e afinal já lá vão 16 anos. Numa altura em que o grunge apresentava já sinais de estar a quebrar, os Blind Zero mais não fizeram do que mostrar que era possível uma banda portuguesa lançar-se nessa sonoridade e não ficar mal na fotografia, o que só por si me pareceu de valor na altura. E muito ouvíamos o Trigger, desde a força bruta de um "Maniac Inland" ou um "Big Brother" até às mais baladeiras "Woman" e à introspectiva "Amen" e sabia sempre bem. Hoje, quanto mais não seja pelo valor nostálgico continua a saber bem. Gostava de ter a opinião de quem nunca ouviu o disco e o experimenta agora, isenta de emoções. Mas também acho que esta análise "isento de emoções" é impossível na música...

2 comentários:

Cisto disse...

:)

ico costa disse...

uau. estive a ouvir. bom revivalismo.
teve a sua importância, hein?

(não que agora volte a ouvir isto nos próximos 8 anos, mas...)