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Por outro lado, como contribuidor em vários álbuns marcantes desta década, tais como "Funeral" e "Neon Bible", ambos de Arcade Fire, "The Flying Club Cup", Beirut, "The Age of The Understatement", Last Shadow Puppets, "Yellow House", Grizzly Bear, entre outros. Em todos estes Pallett contribuiu com arranjos para cordas e/ou orquestração, o que demonstra bem a sua elevada capacidade de se desdobrar, que já vem desde os 13 anos, altura em que escreveu a sua primeira composição musical. Para além de tudo isto é também membro da Orquestra de Vancouver, onde mantém intacta a sua formação na escola da música clássica.
Dediquemos pois, alguma atenção a este "Heartland". Primeiro que tudo, o conceito; segundo Pallett, as músicas que constituem o álbum são todas monólogos de um personagem chamado Lewis, um agricultor ultra-violento, que vive num mundo chamado Spectrum, monólogos estes dirigidos ao seu criador, que não é mais que o próprio Owen Pallett. Estranho? Alienado? Um pouco de cada, pois, e a música encaixa também nesta descrição. Mas eu adicionaria os adjectivos densa, nebulosa e cheia de diferentes camadas, que só após algumas audições muito atentas poderemos captar. É que a evolução de Pallett do álbum anterior para este é feita em várias frentes, para além dos tradicionais arranjos para cordas temos também instrumentos eléctricos (baixo, bateria), a ajudarem a compôr a sua nuvem de sons, dando-lhe toques mais pop, e ao mesmo tempo mais bem aprumadinhos. É um tipo de música que ou se ouve uma vez e nunca mais, ou entra e depois é difícil de tirar da cabeça. A mim já me está a ficar, sobretudo as músicas "Tryst with Mephistopheles" e "Midnight Directives". Só há uma forma de descobrir qual vai ser o vosso caso, experimentando já aqui em baixo!
Enjoy!
Enjoy!
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