Com o lançamento de Out of Time, o disco que voltou a pôr o nome da banda nas bocas do mundo, talvez até como nunca o tinha conseguido, os R.E.M. podiam ter feito uma pausa maior ou podiam ter tentado fazer espremer o lado comercial que Out of Time lhes tinha assegurado. Não. A banda de Michael Stipe não perdeu tempo e apenas um ano depois lançou Automatic for the People. As expectativas criadas à volta da banda de Atenas, Georgia eram muito maiores devido ao sucesso de temas como "Losing My Religion" ou "Shiny Happy People", no entanto quem muito esperava acabou por ficar até bastante surpreendido. Não só os R.E.M. melhoraram o lado comercial dando-lhe mais substância como foram mais além ao gravar um disco mais folky com uma atmosfera mais reflexiva sobre envelhecimento, dor e morte. O passar dos anos sobre a banda sente-se e Automatic for the People é, claramente, o último grande disco da banda norte-americana onde consegue aliar a qualidade das letras à qualidade das melodias. Músicas como "Drive", "Try Not To Breathe", "The Sidewinder Sleeps Tonite", "Everybody Hurts", "Man on the Moon" e "Nightswimming" estão entre as melhores músicas de sempre da banda. Um disco que se revela melhor a cada audição. Um dos clássicos dos anos 90.
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