19 fevereiro 2009

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lisboacidademúsica

escrevo umas linhas para falar sobre ouvir música na cidade. e música para ouvir na cidade.
há música que soa melhor ouvida na cidade. pelo menos falo por mim - há músicas que me soam melhor se ouvidas na cidade. e ao dizer cidade digo Lisboa (que é por onde ando a maior parte do tempo). nos últimos meses, várias foram as vezes que dei por mim a andar de carro por Lisboa, não nas horas de ponta, a andar calmamente a 30 km/h e a ver as vistas.
e nesses passeios, a várias horas do dia, em várias alturas do ano, vou acompanhado de certas músicas, que quase só ouço na cidade. também as ouço no campo, mas não me soam tão bem. é como beber uma imperial numa esplanada no verão, e beber uma imperial no inverno – as duas sabem bem, mas uma melhor que outra.
isto para dizer que, ultimamente, o que tenho ouvido com insistência nessas incursões na cidade e que está na galeria da músicacidade é o Intimacy dos Bloc Party, e o Sawdust, dos Killers.
ainda há pouco, vinha por Lisboa, e estava a pensar exactamente nisso da música-que-vai-melhor-na-cidade-do-que-no-campo-ou-na-praia... e concluo que há uma distinção, pelo menos na minha cabeça.
(os critérios que me levam a fazer essa distinção são bastante voláteis, conforme o estado-espírito).
e digo que concluo porque também há música que me soa melhor no campo. pelo menos em Sintra (que é também por onde ando mais tempo), onde o ritmo é tão menos frenético do que na grande alface.
neste caso, o que melhor me tem soado ultimamente, para ouvir a 30 km/h em Sintra, é Sean Riley & The SlowRiders.
isto tudo para perguntar - Haverá música para ser ouvida na cidade, e música para ser ouvida sem ser na cidade?
sim, não, talvez.
pra mim, sim. e gosto disto, principalmente porque estes conceitos que estão sempre em movimento, há sempre coisas diferentes a entrar e sair na minha definição de música cidade. e gosto dessa mutabilidade.
e pronto, era só isto.

…paz…

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