Fazem parte desta geração todos aqueles que viveram a sua juventude nos anos noventa e que agora estão prestes a fazer trinta anos. A minha geração.
Esta geração, apelidada por um mentecapto de “rasca”, foi espancada na época do cavaquismo por se manifestar contra um sistema de ensino podre, assistiu à primeira falsa investida dos Estados Unidos no Iraque e sentiu, pela primeira vez, a precaridade no trabalho.
Se esta geração tivesse uma banda sonora, julgo que a mais indicada seria o “Seattle Sound”, mais conhecido por “Grunge”.
Esta corrente musical, marcada por letras fortes e guitarradas distorcidas, surgiu no início da década de noventa na cidade americana de Seattle.
Das bandas saídas das garagens desta cidade industrial, destacaram-se os Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam e Alice in Chains.
Com fortes influências do punk e do psicadelismo dos anos sessenta, criaram canções que foram a voz da geração de noventa, tendo como base uma sonoridade muito diferente da praticada pelas bandas rock insípidas dos anos oitenta como, por exemplo, os Bon Jovi.
No entanto, nem todas as bandas saídas de Seattle tiveram o sucesso comercial merecido. Bandas como os Screaming Trees, Mudhoney e Mother Love Bone, nunca viram os seus nomes nos mais altos escaparates.
Os Mother Love Bone, para muitos a primeira banda grunge, formou-se em 1988, donde constavam os músicos Jeff Ament e Stone Gossard que vieram a formar os Pearl Jam.
O álbum “Sweet Oblivion” dos Screaming Trees, lançado em 1992, foi outra das referências do grunge, mas depressa ficou ofuscado pelos campeões de vendas “Nevermind” dos Nirvana e “Ten” dos Pearl Jam, lançados no mesmo ano.
Finalmente, temos os “Mudhoney”. Esta banda de noise rock, da editora “Sub Pop” que lançou os os Nirvana, sempre esteve de costas voltadas para o sucesso comercial, visto que, sempre procurou uma sonoridade menos virada para o grande público.
Com o suicídio de Kurt Cobain dos Nirvana em 1994, o “grunge” foi declarado, por muitos, como morto,
Na minha opinião, as músicas permanecerão para sempre na memoria de quem as viveu.
3 comentários:
1) Desde os tempos clássicos que se denunciam as gerações jovens como sendo rascas. É algo que pertence a um confito de valores entre duas gerações que com o tempo se apaga, e os jovens de então passam a desempenhar o papel de velhos rezingões que acusam as gerações agora jovens de inferiores à sua. Basta olhar para nós próprios quando pensamos com desdém nos putos de agora viciados em telemóveis e em linguagem MTV, como o Vasco gosta tanto de afirmar, carregado de veneno.
Este foi o primeiro ponto da retórica que irei brevemente utilizar num post para desmantelar a tua redutora análise.
Uma retória que se baseia em calúnias não tem qualquer valor. Nunca, em tempo algum, critiquei qualquer geração. Até pelo contrário, identifico-me mais com as classes jovens.
quais calúnias
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