Ainda era bastante jovem, quando, por iniciativa própria, se voluntariou para trabalhar no documentário "Woodstock" de 1970.
Durante a rodagem, conviveu de perto com músicos como Bob Dylan ou os Rolling Stones que mais tarde ajudou a imortalizar nos documentários: No Direction Home, Last Waltz e Shine a Light.
Ao que parece, esta paixão é para durar: Martin Scorsese, está a realizar um documentário sobre a vida do Beatle George Harrison, a ser lançado no próximo ano.
No entanto, a influência da música na sua cinematografia não se restringe aos documentários.
Ao contrário do que acontece nos filmes da geração "morangos com açúcar", a música no cinema de Scorsese nunca é empregue de forma gratuita, ou, como se diz na gíria, "para encher chouriços", mas sim para ajudar a caracterizar o estado emocional das personagens.
Exemplo disso, foi a partitura do compositor Bernard Herrmann, o mesmo de Alfred Hitchcock, que fez um trabalho notável no filme vencedor da palma de ouro: "Taxi Driver".
Um ano depois, Bernard Herrmann morre e Scorsese, consciente do valioso contributo do músico, dedica-lhe o filme.
Em conclusão, Martin Scorsese, que só se arrepende de não ter aprendido a tocar um instrumento musical, torna evidente a relação indissociável entre música e cinema.
O filme "Goodfellas" de 1990 é exemplo deste casamento perfeito. Ao som de "Layla" de Eric Clapton, observamos, com regozijo, a um verdadeiro tributo ao cinema:
3 comentários:
Exemplo de um tipo que abusa da música como quem abusa de amendoins que repousam numa taça e que ao fim de 200 comidos fá-los sentir-se culpado e suspirar eish, pra queque fui comer tantos?:
PAUL THOMAS ANDERSEN
esse momento do layla faz chorar a mais dura das pedras!
Poucos realizadores se apercebem da força que a música de fundo pode ter num filme. Há momentos de intensidade nos quais a música desempenha um papel chave e que nos fica na memória por isso mesmo.
O Scorsese, como apaixonado pela música que é, utiliza forte e feio este "efeito especial" e é uma das razões que o faz ser um dos melhores realizadores de sempre. O PT Andersen para lá caminha...
Mais sobre relação música/cinema no meu próximo post!
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