20 setembro 2011

Álbum Fresquinho: Beirut - "The Rip Tide"

Informação prévia antes de irmos ao álbum em si - Zach Condon, ou simplesmente Zach para os amigos, o senhor por trás da capa Beirut nasceu em 1986. Sabem, o ano em que Portugal juntou-se à CEE, em que Maradona ganhou o Mundial de Futebol, em que o Challenger se desfez à frente dos nossos olhos, no qual a cidade de Chernobyl passou a constar do mapa e de tantas outras coisas que nos lembramos tão bem de ver acontecer. Onde quero chegar com isto? Simples - levar-vos a debruçar sobre o facto de Zach ter 25 anos e ter acabado de lançar o seu terceiro álbum, com mais cinco EP's pelo meio, o que a mim me parece deveras impressionante. E o que impressiona ainda mais - ter um americano a fazer música que é uma mistura do vaudeville francês dos anos 20 com ritmos das balcãs, Bregovic, Kusturicas e afins. Nada como viajar para libertar o espírito.

Ora bem, fast forward então para o início de 2011 onde encontramos Zach numa bifurcação com dois caminhos possíveis pela frente - ir atrás de uns Arcade Fire na tentativa de alargar ao máximo o seu público; ir atrás de um Sufjan Stevens e desbravar novas sonoridades. O último EP, o duplo March of the Zapotec/Holland contém algumas experiências que poderia indiciar o segundo caminho. Mas The Rip Tide não é nem um nem outro, é um seguir em frente, com as mesmas armas de sempre. O próprio Zach numa entrevista confessa que andou em tempo a experimentar um instrumento novo por mês, mas que para este álbum preferiu concentrar-se novamente no triângulo piano-ukulele-trompete, no fundo a fórmula secreta dos Beirut. Temos portanto um Zach amadurecido, com mais bagagem (e mais viagens) no arcaboiço a servir-nos a sua fórmula de sucesso. O que mais poderíamos pedir? Apenas mais tempo do que uns curtos 33 minutos que parecem voar...

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