12 dezembro 2009

Diabo na Cruz@Musicbox - 11/12/2009


Há os supergrupos como os Cream ou Blind Faith, CSNY ou os Traveling Wilburys. Há ainda os Audioslave ou ainda mais recentemente os Raconteurs e os Them Crooked Vultures. A nível nacional houve, entre outros, os Resistência e os Humanos. No dia de hoje celebrou-se o aparecimento de mais um um "supergrupo". Exageros à parte, dado que obviamente que não estamos na presença de nenhum consagrado na música, nem nenhum virtuoso ou génio musical, aquilo que se ouviu hoje em pleno Musicbox foi o que já não se sentia desde, pelo menos, a digressão (infelizmente única) dos Humanos. A Portugalidade no seu melhor. Orgulho em estar a ouvir cantar em português. A métrica das letras não soa mal, não é desajustada, não é foleira. Entretém e apraz. O som medieval misturado com o rock faz todo o sentido. E ainda bem. Diabo na Cruz, mais uma banda lançada pela editora de Tiago Guilul, Flor-Caveira, é, provavelmente, uma das melhores apostas desta editora nacional. Jorge Cruz criou os Diabo na Cruz chamando o Barata dos Feromona, o Gil dos V.Economics, o Pinheiro dos TV Rural e o B. Fachada. Juntos eles transformam o Rock em Roque ou Folc'roque. Com um Musicbox à pinha como há muito já não se via, como referiu Bernardo Fachada, algo ou muito alterado (cuidado com as sobredosagens), o público assistiu a um bom momento de uma banda que poderá entreter muito durante o próximo ano. Músicas corriqueiras e "catchy" dão o mote ao álbum que acabou de ser lançado agora, "Virou!", que tem tudo para ser um sucesso, ou quase, ao nível dos Humanos. "Dona Ligeirinha" e "Os Loucos Estão Certos" são, claramente, músicas para ficar. Um bom projecto nacional, sim senhor!

2 comentários:

Joao Nuno Rodrigues disse...

Não se arranja um grooveshark destes senhores?

ico costa disse...

há já muito vi um concerto deste gajo numa sala imprópria para concertos e o som de fundo dos matraquilhos era bem mais interessante.