06 outubro 2009

The Stone Roses - The Stone Roses (1989)

Se há coisa que os ingleses adoram é eleger o "the next big thing". Uma coisa que não se vê tanto com a imprensa americana. Tanto seja a nível de música, como cinema ou desporto. Há algo de intrínseco e enraizado na cultura inglesa ou britânica que faz disparar todas as "luzinhas" da imprensa, tabloíde ou séria, ou da opinião pública. A necessidade de alguém em quem se agarrar, seja por um mês ou uma década ou mais. Viu-se com os Beatles, Rolling Stones, Sex Pistols, Smiths, Stone Roses, Oasis ou Arctic Monkeys. Viu-se com Sean Connery, Pierce Brosnan ou Clive Owen. Jogadores de futebol são tantos que ser-me-ia impossível mencionar todos. No entanto, apesar de aqui e ali serem mais hypes que realmente qualidade, é de louvar a qualidade que a maior parte destes "the next big thing" realmente tinham ou têm. Os Stone Roses são um exemplo disso. A sua estreia há vinte anos com o seu disco homónimo é das melhores coisas que surgiram da famosa era da "Madchester". Misturando o Rock bóemio com drogas alucinogénicas típicas da cena rave que se assistia na década em Inglaterra, sobretudo em Manchester, os Roses fizeram uma geração e deram frutos para que eclodissem milhares de novas bandas, entre as quais os Oasis, sempre mal comparados aos Beatles. Ian Brown, vocalista da banda cantava de uma moda despreocupada, quase que levitando, algo a que sempre ambicionou Liam Gallagher. O som dos Stone Roses é de facto bastante aprazível e fácil de entrar. O pop dos sixties veio para os anos oitenta e ficou mais dançável. "She Bangs the Drums" e "Waterfall" são duas faixas que traduzem bem este conceito apenas contrariado pela estranha "Elizabeth My Dear". "I Wanna Be Adored" e "Made of Stone" continuarão a ser hinos em qualquer parte do mundo. Apesar de terem apenas editado mais um disco e de menor qualidade, os Stone Roses permanecem como uma das bandas de maior culto.

1 comentário:

Alex disse...

Great album! Mas não considero este som "fácil de entrar", não é à primeira que se vai lá... E não é, certamente, para qualquer ouvido!

Só não percebo é tantas referências nos teus posts aos Gallagher, deves ter algum fetiche com esses tipos... ;-)