Os primeiros dias de Primavera são ainda um pouco cinzentos, chuvosos, porém salteados aqui e ali com ténues raios de sol que trazem uma certa luz e vida a quem esteve sujeito a meses rigorosos de Inverno, especialmente se vivermos em países frios como Inglaterra, terra natal dos Noah and the Whale. O mesmo sucede neste segundo disco de originais da banda londrina. Começa-se com o final do Inverno, músicas sem luz, sem muita vida, escondidas, com medo de surgirem, e, aos poucos, os tais raios de sol começam a surgir e com eles os Noah & the Whale que conhecemos no primeiro álbum. A paciência é uma virtude, só assim sobrevivemos aos meses de Inverno e às primeiras músicas do disco. É uma fase mais introspectiva da banda, especialmente do vocalista e letrista Charlie Fink que relata a desilusão numa relação e isso sente-se ao longo do disco todo. O fim de uma relação a ser comparado aos primeiros dias de Primavera. É um disco que ouvido faz lembrar os momentos que passamos à janela a ver a chuva cair, tomando um chá quente e curando constipações, mas que por vezes nos faz esgalhar um pequeno sorriso, pois a Primavera com os seus raios de sol estarão a chegar, tal como o coração se curará.
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