12 agosto 2009

Paredes Coura 09

Tardou um pouco, mas finalmente aqui fica a reportagem dos enviados especiais do Altamont ao Paredes de Coura 09. Foi um ano um pouco atípico para este festival, uma vez que, sem patrocinador principal, terá sido uma tarefa bem mais complicada montar um cartaz forte como fazem ano após ano, com bandas emergentes e alguns nomes fortes. De qualquer forma, o espírito mantém-se e ali, isso é o mais forte de tudo. É um verdadeiro festival virado para a música e no qual tudo o resto é acessório.


Vamos então à música; Dia 1 (29 Julho) iniciou-se com os Temper Trap, uma banda australiana com um som interessante e que funcionou muito bem como responsável por abrir as hostilidades. Demonstraram energia e debitaram o seu rock bem ritmado que agradou quem já se encontrava pelo recinto.


Seguiram-se os por mim muito esperados The Pains of Being Pure at Heart e não desapontaram. Não que tenha sido um concerto extarordinário, nota-se que ainda são uma banda verdinha, mas entregaram-se às músicas que trouxeram e agradaram ao público que ia crescendo junto ao palco, alguns já fortes conhecedores do álbum de estreia da banda. Soube bem.



The Horrors fizeram jus ao seu nome, com o seu pseudo-goth-shoegaze-pós-rock. Boa altura para ir comer.


Era então chegada a hora de mais um ansiado concerto - Supergrass, que mesmo com 15 anos de carreira nunca tinham vindo a Portugal. E acho que sinceramente valeu a pena deixar passar o buzz de quando eram apenas a banda do "Allright", Cresceram, editaram vários bons discos e mostraram em concerto que não são os One Hit Wonders como muitos os rotularam na altura. Excelente rock, músicas com "Richard III", "Sun Hits the Sky" e "Moving" forma muito bem vividas, um concerto sem muito aparato, deixar a música valer por si.



E chegados estávamos aos cabeças de cartaz - Franz Ferdinand, que apesar de já cá terem vindo várias, vezes, nunca os tinha visto. Mais abaixo no blog já está uma boa reportagem a este concerto, e eu quero apenas acrescentar que foi realmente muito bom, um dos senão o melhor do ano, acho que sentiram a energia que vinha do público e beberam daí para criar um excelente concerto. Um bom balanço entre os 3 álbuns, que cultiva uma mistura entre o rock e também um lado mais sintetizador no recente, que funcionou muito bem e agradou a todos.



Dia 2 (30 Julho) - Dia mais para cumprir e ver o que aparecia, sem grandes expectactivas. Começou com um bocado bem passado na relva, e à hora marcada os Mundo Cão foram os responsáveis pela abertura do panco principal. Têm um estilo próprio, um pouco colado aos Ornatos, que não é claramente o meu e acho que deram um concerto razoável, sem espinhas.


Seguiram-se os Portugal. The Man. Um retorno ao rock anos 70, psicadélico, longas músicas, poucas palavras para com o público, no país que ajudou a dar o nome da banda. Quem gosta do estilo (o outro repórter Fred curtiu bastante) achou um concerto muito competente e suficiente para ir descobrir mais sobre a banda.


Os Blood Red Shoes foram a meu ver o ponto alto deste dia. Tinha ouvido 2/3 músicas deles e achei que ganharam o público com o seu som simples (uma bateria, uma guitarra e voz à la White Stripes) mas bastante animado. Notou-se que já têm uma boa base de fãs por cá, e passaram muita energia para o público.


Peaches merece referência apenas por lhe ter conseguido tirar uma boa foto


Ah, e acho que houve uns senhores que ainda tocaram depois. Comecei a ouvi-los e passadas 3 músicas fomos à nossa vida. Balanço final bastante positivo, o primeiro dia só por si valeu muito e sabe sempre bem regressar a Paredes de Coura!

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