Bon Iver, banda de folk americana da qual Justin Vernon é o grande mentor causou uma forte sensação durante o ano passado pela sua intensidade em cada música, em cada acorde, em cada verso. O facto de se ter criado um grande hype à volta deste nome fez-me guardá-los bem no fundo do iPod, e deixá-los vir ao de cima quando fosse tempo. Foi tempo o mês passado, durante o período de férias. Apareceu em momentos importantes da viagem e marcou definitivamente os pontos necessários para dar-lhe a atenção em atraso. Das primeiras coisas que fiz quando cheguei foi comprar o CD e ouvi-lo de uma ponta à outra. E depois outra vez. E depois outra. Até sentir que estava a fugir ao meu controlo e a vontade de ouvir era constante e criar-se uma ligação directa com as emoções que são transmitidas tão bem na voz e nos acordes da guitarra de Justin Vernon. E depois ver vídeos na blogotheque e perceber realmente a intensidade que é colocada em cada música.
O álbum agarra-nos logo nos primeiros instantes, com "Flume", uma melodiosa música, ganha um pouco mais ritmo em "Lump Sum" e deslumbra-nos totalmente com "Skinny Love". Resta acrescentar que Justin gravou o álbum após largar a banda anterior, ter terminado namoro e um período com mononucleose, tendo passado 3 meses numa cabana no Wisconsin praticamente sozinho. "The Wolves (Act I & II)" é uma música em crescendo, alimentando-se a pouco e pouco de mais um acorde, mais ritmo, até um final de êxtase. Chega depois "Blinsided", "Creature Fear" e "Team" num ritmo tranquilo e que nos faz esquecer tudo à nossa volta, arrancando depois um excelente "For Emma", com ritmo e paixão para terminar com uma maravilhosa balada "Stacks".
Espero ter conseguido passar o real entusiasmo que sinto ao descrever um álbum que realmente mexe comigo e que acho merecer uma atenta audição. Deixo como exemplo a actuação de Bon Iver na Blogotheque, com "Skinny Love".
Sem comentários:
Enviar um comentário