Patrick Watson regressou ontem à Aula Magna, 3 anos depois da sua estreia, culminando uma mini-digressão que o fez também passar nestes últimos dias por Coimbra, Porto e Guimarães. O músico norte-americano (nasceu nos E.U.A. mas viveu sempre no Canadá) apresentou-se com algumas novidades. A única coisa que não foi novidade foi a excelência e espectacularidade do concerto.
Com um novo elemento na banda, o baixista Mishka Stein, Patrick Watson e os Wooden Arms presentearam uma plateia fiel e entusiasta com mais um grande espectáculo. Revisitaram os 3 álbuns da carreira ("Just Another Ordniary Day" de 2003, "Close To Paradise" de 2006 e "Wooden Arms" de 2009) mas também apresentaram novas músicas que estão a ser gravadas em Amesterdão e que farão parte do quarto disco de originais.
Mas são vários os pontos de interesse num concerto de Patrick Watson. Para já há que referir que são dos melhores músicos (não só a nível de composição como de interpretação) que existem por aí. É um autêntico regalo de deixar de boca aberta a forma perfeita como o baterista Robbie Kuster encarna cada música (principalmente na interpretação de "Beijing" em que a bateria ganha asas com tachos de cozinha). Simon Angell, um pouco mais discreto, é igualmente um fenómeno com a sua guitarra. E Patrick Watson é um autêntico maestro, pianista magistral e cantor com uma voz tão delicada e afinada que muitos já o colocaram na linha de, por exemplo, Jeff Buckley. A conjugação destes músicos faz com que cada canção, sempre interpretada com um ou outro novo arranjo, seja uma delícia.
E como Watson é alguém que dá uma enorme importância a pequenos pormenores, não é de admirar que o jogo de luzes seja igualmente muito bem preparado, tendo começado precisamente com a primeira música a ser interpretada apenas à luz de pequenos anéis luminosos nos dedos de cada elemento da banda.
Para quem perdeu o concerto chega a consolação, adiantada pelo próprio Watson, de que brevemente estarão de regresso a Portugal. Nalguns casos acredito quando os artistas dizem que nos adoram. No caso de Patrick Watson, o sentimento é recíproco.
Sem comentários:
Enviar um comentário