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Brava Festa
Quem conhece os Golpes sabe que são uma das melhores bandas rock portuguesas da actualidade.
Para quem não conhece, como o meu amigo Zé, apresento os Golpes exactamente como uma das melhores bandas portuguesas. O meu amigo Zé, que eu levei ao concerto, perguntava-me, antes da actuação, o que têm os Golpes de especial. Demorei-me um pouco antes de responder. De facto, este quarteto de Lisboa não inventou a pólvora. Mas sabe usá-la muito bem. Têm rock no sangue, têm frescura, e têm lusitanidade. Foram buscar alguma da sua identidade às bandas portuguesas dos anos 80, com destaque óbvio para os Heróis do Mar. A isso juntaram um pouco de baile tradicional português, com umas pitadas daquilo que vem dos anglo e saxónicos, e fizeram-se Golpes.
Nascidos no século XXI em Portugal, cantam Português, fazem bom uso da língua, e encaixam-na bem na estrutura do rock. As músicas são baladas de amor rock. Mesmo as que não são de amor. E nenhumas são baladas.
Já editaram um disco (Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco, 2009), e agora lançaram este EP com 6 músicas novas, num aperitivo para um novo longa duração que vão lançar talvez em 2011.
O concerto no Convento das Bernardas foi de apresentação destes temas novos, revisão de outros mais antigos, e espaço para inéditos. Uma das mais-valias deste EP é a participação do renascido Rui Pregal da Cunha, que canta o já mastigado single Vá Lá Senhora. Neste concerto, depois de cantar essa música com os Golpes, foi altura dos mesmos retribuírem, com uma versão mais rock de Paixão, dos Heróis do Mar.
Os Golpes são uma das grandes bandas portuguesas de hoje, e confirmam isso ao vivo. Transpõem para o palco as canções sem perder os pormenores de estúdio, e acrescentam-lhes mais energia gutural. Os concertos são festa e dança e sempre momentos alegres.
Um caso sério para ter em atenção num futuro próximo.
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