Este é um blogue de música e já lá vou ao que verdadeiramente interessou na edição deste ano do Super Bock Super Rock. No entanto, tudo o que se passou no Meco à parte da música foi mau de mais. Houve pessoas que demoraram duas horas e meia para percorrer os últimos 5 km até chegar ao recinto do festival e duas horas para sair. O local não tem as mínimas condições para receber um festival, que até nem teve tanta gente quanto isso (22 mil pessoas no primeiro dia, 24 mil no segundo e 30 mil no terceiro). Para além disso, a quantidade de poeira tornava o ar irrespirável. Querem que o Super Bock continue no Meco, mas não podemos permitir! É bonito e tem árvores? Quero lá saber! Meu querido Alive, onde vejo os concertos num antigo parque de estacionamento, mas que é um local com todas as condições e acessos para receber um festival...
Vamos à música! Esclarecendo que me foi obviamente impossível assistir a todos os concertos (muitos decorreram ao mesmo tempo) o meu preferido foi o dos Vampire Weekend. Indie-pop refrescante, mostrando que uma banda pode fazer grande música para massas. É natural que cada vez mais gente goste de Vampire Weekend e isso não tem mal nenhum. Os rapazes de Brooklin mostraram como se faz um grande concerto: simples, directo, comunicação q.b. com o público e energia contagiante.
Os Temper Trap já confessaram que um dia sonham ser tão conhecidos como os Coldplay ou os U2. E desta vaga de novas bandas parecem de facto ser dos mais aptos para se tornarem dos preferidos do público "mainstream". O vocalista enche o palco e têm sem dúvida grandes músicas. Também foi um grande concerto.
Numa sonoridade completamente diferente, mais dançável, os Cut Copy também arrasaram. Este foi de resto o festival dos australianos. The Temper Trap, Cut Copy e Empire of The Sun protagonizaram dos melhores concertos. Estes últimos montaram um espectáculo visual fantástico a fechar o festival, misturado com boa música.
Para mim, a grande desilusão do festival foi Julian Casablancas. Ao que parece por culpa de uma indisposição. Segundo nos informou o nosso amigo Dudu, que trabalhou no festival, o vocalista dos Strokes sentiu-se mal, o que levou ao atraso do concerto em 20 minutos, que depois não foi compensado. E apesar de não ter sido um mau concerto, para além de tempo faltou chama.
Quanto a Prince, a principal razão para muitas pessoas terem ido ao Meco, foi o que se esperou. Ele é um entertainer por excelência e mesmo que uma pessoa não seja apreciadora do seu som, acaba por passar um tempo agradável. Foi o que aconteceu.
Para o ano há mais Super Bock! Esperemos que noutro local...
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