06 novembro 2010

Que se foda o fil colíns

Reflectir acerca de space rock é uma actividade chata, pelo menos tão aborrecida como ouvir os riffs do David Gilmour ou vasculhar a dentição da Mrs Archer, bibliotecária de meia idade, com aspecto de ter envelhecido em simultâneo com o contraplacado encortiçado onde terá espetado já mais de um milhão de pioneses, lingua disforme, molares de chumbo, etc.
Quem me trouxe à reflexão foram os Don Caballero, rapazes de Pittsburgh que tocam música instrumental aceitável ao ouvido naqueles dias de Outono em que o grau de exigência esteja ao ponto de nos sentarmos no sofá a ver uma série de ficção americana género Lost.
Para ser sincero, a unica razão que me leva a ouvi-los no meu iPod de vez em quando prende-se com os nomes que dão às musicas, a lembrar a equipa de futebol que formamos no secundário (A Revolta Da Carne de Porco à Alentejana, nome que depois caiu na banalidade gracas ao idiótico Luis Borges e o seu A Revolta dos Pastéis de Nata). De qualquer modo, nomes como Haven't Lived Afro Pop, Details on How to Get ICEMAN on Your License Plate ou A Lot of People Tell Me I Have a Fake British Accent são irresistiveis. A música, em si, faz as delícias de qualquer americano indie cool que tenha tido pouco contacto com Jim O'Rourke, não chegando portanto aos calcanhares de uns Mogwai.
Deixo-vos um Groove com American Don e outros. Digam-me de quem gostam mais.

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