Este é um post à parte. À parte porque Joseph Spence não só não é reconhecido como alguém importante na história da música tradicional americana como aliás não é sequer americano.
Spence nasceu nas Bahamas em 1910. Tocava guitarra apesar desse não ser um instrumento muito popular lá nas suas bandas. Algures na sua vida foi contratado para ir alguns meses trabalhar nos campos de algodão no sul dos Estados Unidos e foi lá que tomou conhecimento com a música tradicional americana que se tocava pelo Mississippi, ragtime, blues, folk, etc. Voltou às Bahamas convencido que iria conseguir reproduzir aquelas melodias que tinha na memória, e apenas na memória, e instintivamente influenciado também pelos ritmos caribenhos foi desenvolvendo um estilo musical muito particular que o musicólogo folk Samuel Charters registou pela primeira vez no alpendre da casa do músico em 1958. Tinha a guitarra sempre afinada em Ré e em relação aos grunhidos e murmúrios que tornam qualquer música sua uma experiência senão única ao menos estranha, há quem diga que o fazia por não saber escrever letras e tentar simplesmente imitar as vozes dos músicos do Mississippi ou então por ter sempre um cachimbo na boca que o impedia de cantar propriamente. Mas cá para mim é um estilo e pronto.
Eu não queria incluir este tipo tão cedo nesta rubrica uma vez que falta apresentar tantos músicos mas a verdade é que Spence apenas me foi dado a conhecer no concerto da semana passada de Elijah Wald na Culturgest e fiquei em êxtase e quis partilhar esse êxtase pois é um êxtase muito fixe daqueles à antiga quando conhecíamos aquelas bandas novas e agora pensamos sempre que já não vamos conhecer nada de novo mas depois ouvimos uma ópera de Wagner com 150 anos e ficamos em êxtase e é bom. Pelo menos para mim.
Spence nasceu nas Bahamas em 1910. Tocava guitarra apesar desse não ser um instrumento muito popular lá nas suas bandas. Algures na sua vida foi contratado para ir alguns meses trabalhar nos campos de algodão no sul dos Estados Unidos e foi lá que tomou conhecimento com a música tradicional americana que se tocava pelo Mississippi, ragtime, blues, folk, etc. Voltou às Bahamas convencido que iria conseguir reproduzir aquelas melodias que tinha na memória, e apenas na memória, e instintivamente influenciado também pelos ritmos caribenhos foi desenvolvendo um estilo musical muito particular que o musicólogo folk Samuel Charters registou pela primeira vez no alpendre da casa do músico em 1958. Tinha a guitarra sempre afinada em Ré e em relação aos grunhidos e murmúrios que tornam qualquer música sua uma experiência senão única ao menos estranha, há quem diga que o fazia por não saber escrever letras e tentar simplesmente imitar as vozes dos músicos do Mississippi ou então por ter sempre um cachimbo na boca que o impedia de cantar propriamente. Mas cá para mim é um estilo e pronto.
Eu não queria incluir este tipo tão cedo nesta rubrica uma vez que falta apresentar tantos músicos mas a verdade é que Spence apenas me foi dado a conhecer no concerto da semana passada de Elijah Wald na Culturgest e fiquei em êxtase e quis partilhar esse êxtase pois é um êxtase muito fixe daqueles à antiga quando conhecíamos aquelas bandas novas e agora pensamos sempre que já não vamos conhecer nada de novo mas depois ouvimos uma ópera de Wagner com 150 anos e ficamos em êxtase e é bom. Pelo menos para mim.
1 comentário:
download do seu primeiro álbum aqui:
http://rapidshare.com/files/89651066/Complete_Folkways_Recordings_1958.rar
download do seu segundo álbum aqui:
http://www.filestube.com/870f37518b9af44f03e9,g/joseph-spence-happy-all-the-time.html
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