Não estando a escrever nas melhores condições psíquicas nem psicológicas nem muito menos sóbrias, o relato de hoje poderia ser tudo menos o verdadeiro. Não entanto não vos vou defraudar. O que presenciei hoje foi mais um exemplo do que a América ainda tem para nos oferecer. O som dos Midlake tal como foi referido há alguns meses, é absorvente. Não nos deixa indiferentes e cada música é uma espécie de capítulo numa longa história. Mas comecemos pelo prelúdio. Como primeira parte desde concerto surgiu um nome desconhecido. John Grant. Rapaz de barbas longas acompanhado pelo seu piano e por alguns amigos. Barbudos também. John e seus compinchas musicalmente são muito bons, liricamente Grant é um comediante. A sua música e letras são contradições que penso nunca ter assistido recentemente. Grandes músicos, grandes arranjos e letras relativamente patetas e cómicas conseguiram fazer aparecer reacções diferentes do público. Foi bom. Foi mau. "Queen of Denmark" é o nome do disco. Oiçam-no.
Os Midlake estavam logo ali a seguir. E foram tão ou melhores que na audição dos discos. Por eles os anos 80,90,00 e 10s não passaram. os setentas estão lá e que bem que estão. Não lhes tirem isto. Há coisas que a cultura americana tem de tão positivo que muita gente não percebe. Eles podem ter fórmulas para tudo mas a música contemporânea nasceu neste novo mundo e para este há de voltar sempre, mesmo que se refine no Reino Unido. A imagem que fica deste concerto é esta: Uma bateria, um baixo e 5 guitarras a ondular pelo folk-rock. Sete indivíduos a encher um palco e uma plateia. O público, novo e velho, agradece. Nós também.
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