Para quem não sabe vem mais um super-grupo a caminho. Glenn Hughes (Trapeze, Deep Purple, Black Sabbath); Derek Sherenian (Dream Theater), Jason Bonham (Led Zeppelin) e Joe Bonamassa juntaram-se este ano em estúdio para gravar o primeiro disco dos Black Country.
Enquanto não conhecemos os resultados desta nova banda (cujo disco só deve sair lá mais para o final do ano), o guitarrista Joe Bonamassa não pára quieto e edita mais um álbum recheado de blues roqueiros ou roques da pesada com cheiro a blues.
Com influências que vão desde os Cream de Eric Clapton, passando pelos Fleetwood Mac de Peter Green até aos Led Zeppelin e Jimi Hendrix, Joe vai pondo "a mão na massa” construindo uma sólida carreira que vai fazendo furor em ambos lados do Atlântico. Há quem já lhe chame o novo Clapton, há quem lhe chame o líder da nova Blues Explosion. O que é certo é que o jovem guitarrista é, a par do conterrâneo John Mayer, um dos grandes responsáveis por uma nova geração descobrir os Blues com uma nova animosidade como já não se ouvia desde que apareceu um tal de Stevie Ray Vaughan.
Quanto a este Black Rock, o nono de estúdio, há aqui algumas faixas que tentam surpreender por novos caminhos. A começar com o melhor tema do disco: a versão do clássico de Leonard Cohen, “Bird on a Wire”. Já “Quarryman's Lament” que faz lembrar a fase bluesy dos Jethro Tull e até tem um solo de flauta a condizer.
Vislumbra-se também que o rapaz também andou a ouvir os últimos registos de Bob Dylan. “Baby You Got to Change Your Mind” é uma das muitas canções que Robert Zimmermann nunca escreveu.
Outros destaques e que também escapam da norma são a acústica “Athens to Athens” e as mais Zeppelinianas como “Blue and Evil” ou “Spanish Boots”. O resto do disco não destoa dos registos anteriores e só com um pouco de paciência é que se atura mais um “boogie-woogie” com travo a Soul como “Night Life” (dueto com B.B. King) ou um velho blues à moda de Chicago como “Look Over Yonders Wall”.
Mas como o pesado “Steal Your Heart Away” é um grande tema, Bonamassa pode dormir descansado que não vai perder os fãs pelos quais andou a trabalhar tantos anos. Afinal de contas, ele é mesmo o melhor “bluesman” branco a aparecer desde Stevie Ray.
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